Piscina Exterior

-Eu conheço todos - apertei a cintura dela - Prefiro foder-te a ti - larguei as mãos dela, mas não me movi - Podes sair se quiseres.

Encostei o meu corpo ao dele assim que o senti apertar-me a cintura. Não o queria fazer mas foi mais forte que eu. Fechei os olhos e entreabri os lábios. Respirar só pelo nariz era impossível - Eu quero sair, mas tu não me deixas. Continuas à minha frente. - afastei-me dele, gemendo baixinho quando me rocei nele sem querer e pus-me de pé na bancada - Vou saltar e vou morrer e a culpa vai ser tua.

-Não vais cair - assegurei - Eu apanho-te.
Mas surgiu-me uma ideia melhor.
Pu-la ao meu ombro e corri para os chuveiros.
-Oops.

-Tu não és de confiança. - revirei os olhos. Gritei quando ele me pegou e me pôs no ombro dele - Para, põe-me no chão! SIMON, PARA! - mexi-me muito assim que me apercebi para onde é que ele nos estava a levar.

Pousei-a no chão e abri a torneira.
-Eu ganhei - sorri inocentemente e fiz um riso maléfico.

-Não ganhaste porque eu não vou ficar aqui presa contigo! Vou fugir! E é agora mesmo! - empurrei-o antes que a água me apanhasse e corri para fora dos chuveiros.

Cansei-me de fazer jogos e puxei-a antes que ela saísse mesmo.
-Anda cá - beijei-a e não foi como das outras vezes. Que raio, Simon?

Infelizmente, ou neste caso felizmente, não fui muito longe. Pus a mão no peito dele e a outra enterrei-a nos seus caracóis, saboreando o beijo. Estava a saber muito melhor que todos os outros. Não sei porquê mas foi diferente - Não é permitido beijares-me. - disse-lhe, completamente ofegante.

-Eu não gosto de seguir regras - e voltei a atacar, encostando-a pela milionésima vez à parede.

-Mas as minhas regras são sagradas. - resmunguei antes de o voltar a beijar outra vez. Percorri o corpo dele com a mão que não estava no cabelo e, quando cheguei à cintura, puxei-o mais para mim.

-Eu não sou religioso - apalpei o rabo dela e beijei-a também.
Fiz questão que ela sentisse o canhão contra ela e movi os meus polegares em círculos nas pernas dela.

-Eu também não, mas ultimamente sinto uma grande necessidade de rezar aos santos todos. - separei o beijo quando fiquei sem ar e enterrei a cabeça no pescoço dele, pressionando mais o corpo contra ele ao senti-lo contra mim. Mantive os lábios colados ao pescoço dele para não deixar sair nenhum som. Ele merecia era que eu ficasse calada para o resto da minha vida.

-Hmm- limitei-me a dizer e baixei-me um bocado, senão ela não chegava ao meu pescoço.
Tirei-lhe o raio da túnica outra vez e atirei-a para um sítio alheio.

-Porque é que me estás a despir? - tirei a cabeça do pescoço dele e olhei-o - Não vai acontecer nada, Simon. Eu estou chateada e tu estás de castigo. - sorri angelicalmente e beijei-lhe o nariz, movimentando a mão que tinha no cabelo dele.

-Porque assim não tens de molhar a camisola aqui dentro - desculpei-me e dei-lhe mais beijos - Não beijes o meu nariz, é estranho - fiz uma careta.

-Claro, porque a tua maior preocupação é a minha túnica. Nota-se. Foste tão carinhoso quando a mandaste para o cu de judas. - encostei a cabeça à parede, tentando manter-me calada e não demonstrar o que estava a sentir com os beijos dele - Eu beijo-te onde eu quiser. - inclinei-me para ele e beijei-lhe o nariz de novo.

-Como é óbvio - revirei os olhos quando ela me beijou o nariz outra vez e pus-me direito, assim ela só chegava ao meu busto - Agora já não.

-Epá Simon, juro-te que me irritas profundamente. - saltei para o chão e saí da zona dos duches disparada, desta vez sem deixar que ele me puxasse para trás. Apanhei a minha túnica pelo caminho e vesti-me, saindo porta fora.

-Deve estar com o período - encolhi os ombros, aproveitei para tomar banho, limpei-me e troquei de roupa.

Tentei manter-me bem distraído depois daquela cena com a Thea. Ela não queria que eu fosse rude, frio, e essas coisas? Então foi mesmo isso que obteve. Se é assim que ela gosta, tudo bem. Por muito que eu tentasse não pensar nela, havia sempre algo que me fazia recordá-la. Mas eu tentava rapidamente varrer esses pensamentos, para bem longe. Dias e dias passaram, e nós nãos nos contactámos, e felizmente também não nos encontrámos pelo cruzeiro. É bom ele ser grande, assim não estou constantemente a chocar contra ela. Mantive-me ocupado com o trabalho, e nas minhas folgas eu ia para sítios mais calmos, ou então nem saía do quarto. Se eu fosse a um local onde vendem álcool, eu ia encontrá-la com certeza. Mas eu não queria encontrá-la. Eu não a quero ver. É melhor assim, visto que estamos chateados e não há nada a fazer. Hoje é mais um daqueles dias enfadonhos, em que eu saía bem mais cedo e não tenho nada para fazer. Não está calor, nem frio. Está uma temperatura amena, apesar de o céu estar coberto de nuvens cinzento-escuro. Decidi ir para a piscina exterior. Depois de passar o cartão e caminhar um pouco, fui até à extremidade do cruzeiro. Coloquei a mão no corrimão e olhei o mar, recordando de quando ela atirou o relógio ao mar. Lá estou eu a lembrar-me dela. Suspirei e olhei o relógio, ajeitando-o. Olhei uma vez mais o mar, pensativo.

nao me apetecia estar no camarote neste momento, estava mal disposta, estava inquieta, estava com ressaca. pus uma roupa confortavel, uma qualquer e uns oculos de sol, a piscina talvez fosse um bom sitio para estar. quando cheguei la aquilo ainda estava vazio por isso, aproximei.me da beira no barco e sentei.me no corrimao com os pes virados para a agua. que diferença faria se caisse ?

Larguei o corrimão e deixei-me ficar apenas encostado ao mesmo. Voltei a respirar fundo e virei-me um pouco para o lado, arregalando os olhos. Ah não, não pode. - Thea? - Chamei baixinho só para me certificar de que era mesmo ela

- sim, continuas a encontrar.te com a gemea malvada. a gemea boazinha continua desaparecida de mim - olhei.o - agora já me falas roy ? - perguntei num tom rude como ele falava comigo - pensava que ia ser tratamento de silencio

Revirei os olhos e respirei fundo. Oh sim, parece que é mesmo ela, e que continua com o mesmo feitio. Desisti de me aproximar mais e decidi ficar por ali, deixando alguma distância entre nós. Já lhe falo? Ui - Já te falo? Estava apenas a ver se eras tu. Não ando à procura da tua irmã, não. - Respondi num tom igualmente rude

- peço desculpa a desilusao por ser eu - encolhi os ombros e olhei o mar - para que é que querias ver se era eu ? - perguntei, revirando os olhos - estas a pensar.me dar.me um empurraozinho ? - sorri - eu posso facilitar essa tarefa