Piscina Exterior

Ignorei o que ele disse como se nem sequer o tivesse ouvido. Se não tivesse de ficar ali a trabalhar juro que já me tinha ido embora, mas não podia senão ainda corria o risco de ser despedida logo no meu primeiro dia de trabalho.
Semicerrei os olhos quando reparei que ele estava a olhar para mim e desviei o olhar para as outras pessoas, ao menos estas não me irritavam como aquele estava a fazer.

Saí da água e dirigi-me à minha mochila, pegando no telemóvel; verifiquei as mensagens e depois pousei-o onde estava, voltando a fechar a mochila.
Afastei-me das minhas coisas e voltei a mergulhar, molhando a nadadora salvadora de propósito.

Continuei com a minha atenção posta nas outras pessoas, só nas outras pessoas e não naquele parvo. Peguei no protetor solar e comecei a passar de novo mais um pouco pelo meu corpo visto o sol estar a começar a ficar cada vez mais quente. - Grrr! - exclamei quando grandes salpicos de água me molharam. Deixei o protetor a um canto e levantei-me da cadeira quando vi quem fez aquilo, claro que só poderia ter sido ele. - Podes parar de me chatear? - perguntei alto para que ele me ouvisse por cima de todo o barulho que se fazia ouvir ali.

Tinha mesmo saltado no momento certo - quando ela estava a colocar protetor.
Comecei a rir-me quando resmungou comigo.
- Tens algum problema comigo? - perguntei-lhe com um sorriso cínico.

Revirei os olhos quando ele se começou a rir na minha cara e mantive a minha cara sério visto que a minha vontade de sorrir seja de que maneira fosse era agora praticamente nula. - Tu é que deves ter algum problema comigo. - é que só podia mesmo.
Suspirei e sentei-me de novo na cadeira, ao menos estava calor e até sabia bem estar um pouco molhada, sempre dava para refrescar um pouco.

Sorri inocentemente.
- Resolvemos isso logo. - encolhi os ombros descontraidamente e mergulhei novamente. - Podes escolher o sítio. - disse assim que voltei para a beira dela e ri-me.

Revirei os olhos. - Escolher o sítio para quê? - perguntei num resmungo e peguei no protetor solar voltando a guardá-lo. - E vê se paras de te rir. - acrescentei de olhos semicerrados para aquele rapaz que eu nem sequer sabia o nome.

Arqueei o sobrolho.
- Escolhe um sítio. - resmunguei.
Fiz um sorriso cínico.
- Porquê? A minha felicidade incomoda-te? - provoquei.

- Não quero escolher sítio nenhum para nada que tenha a ver contigo. - disse-lhe apontando-lhe um dedo.
Revirei os olhos mais uma vez. - Não é a tua felicidade que me incomoda, és tu que me incomodas. - retorqui.

Ri-me.
- Quero que me digas um sítio para eu não aparecer por lá para não te ver, idiota. - sorri.
Abanei a cabeça.
- Estamos quites, o que só aumenta a minha felicidade. - provoquei-a.

- Aqui. - disse logo, sim era aqui que eu ia passar grande parte dos meus dias a trabalhar por isso era mesmo aqui que eu não queria que ele viesse.
- Bom para ti. - resmunguei com um sorriso cínico a formar-se nos meus lábios.

- Mas eu aqui não vou deixar de vir por tua causa. Digo, à noite. - expliquei.
Sorri-lhe cinicamente.
- Não gostas da felicidade dos outros, és má pessoa. - ri-me dela.

- Não sei. - resmunguei. - Não vás a sítio nenhum. Acho que é o melhor. - respondi.
Abanei a cabeça. - E se for? Tens algum problema com isso? - revirei os olhos e encostei-me para trás na cadeira cruzando as pernas.

- Então vou aos sítios que quiser. Se lá estiveres, tens que bazar. - encolhi os ombros.
Assenti.
- Imensos. - arqueei o sobrolho.

- Eu não vou sair de sítio nenhum só porque tu lá estás. - dei uma pequena gargalhada. - Era só o que mais me faltava. - retorqui revirando os olhos.
- Ai sim? Podes começar a enumerá-los se quiseres. - encolhi os ombros.

Revirei os olhos.
- Então vais aturar-me lá até eu fazer com que te vás embora.
Fiz um sorriso cínico.
- Já tens imensas rugas e isso não agrada aos meus olhos. Gosto de coisas bonitas.
Encolhi os ombros e olhei uma raparigas que passavam.

- Sim, vamos ver se isso vai mesmo ser assim. - olhei-o e fiz um sorriso cínico.
Abanei a cabeça e revirei os olhos. - Se não gostas não olhes e aproveitas e deixas-me em paz. - reclamei.

Revirei os olhos. Ela irritava-me e estava a dar-me mesmo gosto irritá-la também!
- Consigo ser muito persuasivo. - encolhi os ombros.
Sorri para a loira do trio que estava a babar-se toda, metaforicamente, claro. Mas pouco faltava para o literalmente.
Olhei para a nadadora salvadora irritante.
- Eu faço o que quero.

- Comigo duvido muito que consigas. - encolhi os ombros e passei a mão pela cara, estava a começar a ficar cheia de calor, o dia estava mesmo quente e estar ali praticamente ao sol não ajudava em nada.
Segui o seu olhar com o meu e revirei os olhos. - Então faz o que queres mas bem longe de mim.

Sorri.
- Eu consigo tudo o que quero mesmo, com esforço e dedicação. - gozei com ela.
Puxei-a pelo braço e fiz com que aterrasse na água.
- É o que vou fazer. - pisquei-lhe o olho. - Quando me apetecer.

- Bom para ti, eu também consigo tudo o que quero. Por isso não vais ter sorte nenhuma.
Bufei para o ar quando cheguei à superfície depois de ele me atirar para a água e atirei-lhe alguma água para cima. - Podes parar? Ainda não conseguiste entender que estou a trabalhar? - resmunguei com ele completamente irritada e saí da piscina.

- Não estás a conseguir fazer com que pare de te chatear. - gozei com ela à força toda e abanei a cabeça, rindo-me.
Continuei a rir-me ao vê-la tão irritada comigo e sorri maliciosamente.
- Tu irritada só fazes com que fique com mais vontade de te irritar. - encolhi os ombros.

Revirei os olhos pela milésima vez e ignorei a primeira coisa que ele disse. Que nervos que ele já me estava a meter.
Olhei-o enquanto continuava a rir-se de mim. - Não quero que me irrites. É assim tão difícil deixares-me? - perguntei.

Encostei-me à parede da piscina e sorri-lhe, assentindo com a cabeça.
- Sabes, quando encontro uma rapariga tão irritadiça como tu, é uma espécie de fetiche que tenho: irritá-la até ela se passar da cabeça comigo. - gozei com ela e sorri.
E tanta irritação dela só me dava mais curiosidade para saber como é que ela seria na cama. Ou em qualquer outro lugar.

- Já estou passada contigo. - oh se estava. Acho que já não dava para estar mais tal era o estado de irritação em que ele me estava a meter. Só me apetecia fazer sei lá o quê para ver se ele se calava de uma vez por todas com aquelas coisas.
- Porque é que me estás a chatear a mim se há montes de pessoas aqui? - acabei por perguntar.