Piscina Exterior

- Desilusão? Dizes cada coisa, tu. Só para saber se eras tu ou não - Encolhi os ombros e suspirei - Não! Não faria isso. Mas tu achas que eu sou o quê? Um monstro andante? - Perguntei no mesmo tom.

 - uh feri os teus sentimentos ? - perguntei, olhando.o - foi so uma pergunta. nao preciso que me empurrem para eu saltar - encolhi os ombros - ja saltei uma vez, voltaria a faze.lo

Ri quando perguntou sobre os sentimentos - Não Thea. Não feres os meus sentimentos, é simples - Afirmei, voltando a encolher os ombros. - Eu sei que o fizeste, fizeste-o à minha frente. Não duvido disso - Abanei a cabeça e desviei o olhar, observando o mar

- ainda bem que sabes o que sou capaz de fazer - encolhi os ombros e comecei a andar pela berma do barco - tambem nao faria diferença se eu saltasse - voltei a sentar.me mais afastada dele

Olhei-a pelo canto do olho, mas tentei mostrar que não estava muito incomodado com o facto de se estar a afastar. Franzi o sobrolho e suspirei, abanando a cabeça. Lá vai ela começar com o paleio meio suicida. É óbvio que faz diferença, não quero que ela o faça. Mas se está à espera que eu lhe diga isto desta forma, que espere porque não o vou fazer. Encolhi os ombros e olhei-a ligeiramente - Não? - Perguntei apenas, sério.

- nao, nao faz diferença. estar viva, morta. atirar.me e esmagar o peito contra a agua - encolhi os ombros - assim ja ninguem sofria e ja nao magoava ninguem. - fiz uma careta quando a dor de cabeça se intensificou - deixava uma carta a aqua a dizer que tinha ido embora e ela nao tinha de sofrer

- Tu não magoas ninguém agora. Mas se partisses, acredita que ias magoar muita gente, e muito - Afirmei sem a olhar, contemplando o mar, que estava um bocado para o estranho.

 - claro que nao, passo o dia trancada no quarto a embebedar.me, nao falo nem vejo ninguem - encolhi os ombros - e impossivel magoar alguem nestas circunstancias - balancei o corpo, olhando o mar. era provavel vir ai uma tempestade

- Magoarias muito mais todas essas pessoas se partisses. Acredita - É uma grande verdade. E ela sabe muito bem disso, e eu também sei.

- ninguem iria saber que eu tinha morrido, eu deixaria uma carta a cada pessoa que interessasse - encolhi os ombros - iriam todos pensar que eu tinha ido embora, uma aventura.

- Se realmente amas essas pessoas, do fundo do teu coração, não o faças. Elas querem-te bem perto, mesmo que sejam a milhares de milhas, e não distante, dessa forma. - Afirmei, esperando que ela entendesse o que eu acabara de dizer.

- elas nao saberiam de nada - olhei o mar e este começava a ficar ligeiramente bravo - elas pensariam que eu estava a viajar por minha conta, tinha sido irresponsavel e tinha ido embora sem mais nem menos - levantei.me e tirei as cartas do bolso - entrega isto a aqua por mim, sabes como ela é fisicamente - aproximei.me e estiquei.lhe a mao - so te peço que me faças isso, promete que as entregas. tambem tens uma para ti ai

Suspirei e abanei a cabeça face ao que ela dizia. Ela não sabe a dor que causaria aos seus amigos e familiares se o fizesse. Não só a eles, a mim também. Arregalei os olhos, olhando-a incrédulo. Espera, o quê? - O quê? Nem pensar Thea. Não vou entregar nada a ninguém porque tu não vais a lado nenhum!

- por favor roy, faz.me esse favor - pedi, pressionando os labios um contra o outro - eu sei que nao tenho esse direito mas eu peço.te, por favor, entrega isto a aqua e nao digas nada. apenas entrega - continuei com a mao esticada - aceita

Olhava alternadamente entre ela e as cartas. Abanei a cabeça e continuei a olhá-la - Não! Não vou permitir que tu faças umas coisa dessas, Thea! - Afirmei sério, pegando depois no seu braço, puxando-a contra mim - Não te vou deixar fazer isso, nem pensar!

- roy larga.me - comecei a afastar.me, mandando as cartas para o conves - da as cartas a aqua e fica com a tua - pedi e continuei a fazer força para cair - larga.me, va - disse, atirando.me para tras

- Thea, não! - Afirmei bastante sério, com as lágrimas já nos olhos. Arregalei os olhos quando ela se atirou para trás e voltei a segurá-la com muita força, puxando-a e afastando-a dali. Abracei-a com força, sem a deixar ir a algum sítio - Não te vou deixar fazer isso Thea, não vou!

 - roy tens de me deixar ir. tu vais.me deixar fazer isto porque me amas ou entao porque me odeias - pedi, olhando.o - tens de me deixar fazer isto - repeti segurando o seu rosto

- Não, não tenho! É que nem pensar, Thea! Eu não vou deixar, não vou! Jamais te deixaria fazer tal coisa! - Afirmei, olhando-o nos olhos

 - roy, larga.me - disse seriamente num tom calmo - eu quero fazer isto, eu nem sequer estou bebeda, estou sobria - tentei soltar.me - entrega as cartas a aqua e por favor, larga.me

Continuei a olhar os seus olhos enquanto ela falava e me pedia para a largar. Não! Não farei tal coisa! É que nem pensar! Segurei-a com a mesma força, impedindo-a - Thea, Não!! Foda-se, Thea.. Eu amo-te, está bem?! Por favor, peço-te por tudo que não faças nada! Tu não tens de o fazer, não tens! Pára com isso, por favor! - Afirmei bem sério, sem deixar de a olhar nos olhos, sentindo uma lágrima a cair - Thea..

limpei a sua lagrima e sorri - eu sei que me amas mas tens de me deixar ir, é o ciclo da vida. uns ficam e outros vao, eu sinto.me preparada para ir e sinto.me bem com essa decisao - acariciei o seu rosto e num momento de fraqueza, aproveitei e soltei.me - eu tambem te amo - afastei.me rapidamente dele, preparando.me para saltar

Abanei a cabeça enquanto ela dizia todos aqueles disparates. Senti outra lágrima cair e foi nesse momento que fechei os olhos, e sem der por ela, já a tinha largado e ela já estava ali, preparada para saltar. Não posso deixar que isto aconteça, não posso! Limpei rapidamente as lágrimas e corri até ela, pegando-a ao colo. Agora é que não a largo mesmo! - Eu amo-te e não te vou deixar fazer isto, não vou! Não me interessa que me odeies por isto, mas eu não te vou deixar ir! - Afirmei sério, levando-a logo depois para o meu quarto.

- nao, larga.me roy. nao tens o direito de me impedir, para - comecei a dar pontapes e murros a ver se ele me largava - eu quero faze.lo, nao me podes impedir. e a minha vida, as minhas decisoes

-Vou ficar aqui na cadeira, já sabes onde me encontrar - dei-lhe um beijo na bochecha e dirigi-me até ao meu posto.
Por enquanto ainda não havia sinal de perigo.