Room 307

Olhei para ele enquanto respirava descompassadamente - amo.te tanto que nao imaginas como o meu coração bate - murmurei, beijando os seus labios calmamente para selar aquele momento

- Até faço ideia, o meu coração bate igualmente rápido e descompassado. - Respondi num tom cúmplice. Passei os meus dedos pela sua face. - és tão bonita, meu amor.

Sorri, corando novamente. Sempre que ele me dizia coisas daquelas eu corava mesmo depois dele me dizer aquelas coisas vezes e vezes que eu perdia a conta - obrigada amor, tu deixas.me linda - beijei a sua mao e passei as maos pelos seus cabelos para os tirar da sua testa - tu és mais do que lindo, és perfeito

- Perfeita és tu, Aqua - declarei. Eu tinha pensado vezes e vezes sobre a altura ideal. Senti que era aquela. - E adoro o teu sorriso. Tens-o quando acordas, quando olhas para mim, quando estamos a adormecer... Oh Aqua, eu amo-te tanto e quero ver-te sorrir para o resto da vida - murmurei, tão perto dos seus lábios - És a mulher da minha vida e quero que toda a gente saiba isso - o meu coração estava a bater depressa - Quero que sejas minha mulher. Quero ser teu marido. O que quero dizer é, casas-te comigo Aqua? - Olhei-a expectantemente.

Ficava cada vez mais derretida ao ouvir as suas palavras até que ele fez a pergunta que eu não estava a espera, mesmo nada a espera. fiquei o que me pareceu horas a olhar para ele, tao surpresa e tão contente - sim mac, sim. sim. sim. sim. mil vezes sim - agarrei o seu rosto e beijei.o apaixonadamente, sentindo lagrimas de alegria correrem o meu rosto

Aqueles segundos em que ela nada disse deixaram-me apreensivo. Depois então veio a resposta e o meu peito encheu-se de alegria.O seu beijo trouxe-me de volta à realidade mais doce que alguma vez vivera - ainda bem, ainda bem...estamos noivos - sorri e voltei a beijá-la.

Ri.me quando ele disse que estavamos noivos e voltei a beija.lo - estamos mesmo noivos - limpei as lagrimas e abracei.o com força - eu amo.te tanto mac. eu nao acredito que me pediste em casamento - voltei a beija.lo vezes e vezes seguidas

Limpei as suas lágrimas com os meus polegares. Mesmo sendo lágrimas de felicidade, não gostava de a ver chorar. - Nada me faz mais sentido. Seres minha mulher, future miss Miller - sorri. Alcancei a mesa de cabeceira e peguei no anel de noivado que escondera - Não sei porque razão trouxe este anel para o cruzeiro. É um anel de família, já tem mais de cinco gerações - Peguei na sua mão e gentilmente coloquei-lhe o anel de ouro que possui-a uma esmeralda - O meu pai nunca casou com a minha mãe, o anel veio diretamente para mim. É teu agora, meu amor. Minha noiva.

levei a mao a boca ainda mais emocionada por ser um anel de familia - eu sinto.me tao feliz, a mulher mais feliz do mundo - limpei os olhos novamente - pois nao, nada faz mais sentido do que eu me tornar miss miller, tua mulher - acariciei o seu rosto. a pedra parecia gigante no meu dedo, o anel parecia pesar quilos - eu nao podia pedir nada melhor

O sorriso de felicidade dela dizia-me que nada disto era precipitado. Sim, só a conhecia há umas semanas e depois? Já sabia que, se aquele anel não fosse para ela, não seria de mais ninguém. - Vou fazer-te feliz até ao resto da nossa vida, prometo - Jurei, com solenidade. - E devia ter estar ajoelhado mas não consegui esperar - ri-me - Falta-nos o champanhe. - Levantei-me (a custo) e fui até à mesinha onde estava o champanhe. Só que, distraído como estava, abanei a mesa o que fez com que a sua mala caísse para o chão. Agachei-me para apanhar as suas coisas e voltar a pôr mala o sitio. Então reparei na caixa que saía do saco da farmácia. Apanhei-a para confirmar as minhas ideias - Um teste de gravidez !? - Perguntei, olhando para ela com os olhos arregalados.

- Eu não me importo que não estejas ajoelhado, o que importa foi o momento - sorri e sentei.me na cama quando ele foi buscar o champanhe. engoli em seco quando a minha mala caiu e ele viu o teste de gravidez - eu posso explicar.. - levantei.me rapidamente e guardei o teste na mala - eu estou a.. atrasada com o periodo... uma semana e tenho andado muito mal disposta e.. e.. comecei a fazer as contas e nao sei.. eu nao te contei porque queria ter a certeza

Não é como se aquela descoberta tivesse cortado o momento. Mas abalou-me. Claro, pensara em ter filhos com ela mas não agora... dali a anos, talvez. - Ham... então há chance de estares grávida - cocei a cabeça, num tique nervoso - que tal fazeres o teste agora? ficamos logo a saber.

Engoli em seco e afastei.me - eu acho que não consigo fazer agora - sentei.me na cama e embrulhei o meu corpo no lençol - eu nem sei se consigo fazer o teste.. acho que tenho medo do resultado.. - baixei o rosto e olhei para o anel - desculpa.. eu não queria estragar o momento - encolhi.me na cama e engoli em seco, segurando as lagrimas

Que tolice a dela. Nada estragaria aquele momento. - Nao estragaste momento nenhum - Pus-me ao seu lado e abracei-a. Depois murmurei ao seu ouvido - Não tens de ter medo do resultado porque seja qual for eu vou estar aqui para ti, percebes?

Encostei.me ao seu peito e suspirei - eu sei que vais estar amor - entrelacei os nossos dedos - estraguei, estavamos tão felizes e tão bem dispostos e pronto viste o teste de gravidez - limpei as lagrimas e abracei.o - desculpa

- Não tens de pedir desculpa por nada - Se ela estivesse grávida, eu ficaria feliz, ou melhor, ainda mais feliz. Se não estivesse, não estava e não havia mal nenhum. - oh amor, achas mesmo que não estou feliz? Vou casar contigo, não há maneira de estar triste.

sorri levemente e olhei.o - eu sei que estás feliz amor, eu também estou muito feliz mas estraguei o ambiente - voltei a encostar.me a ele - eu amo.te tanto - olhei para o anel e beijei o pescoço de mac

- não estragaste nada - enrolei as minhas pernas nas suas. Beijei o seu pescoço carinhosamente - Vamos estar casados, ter filhos está no plano. - Encolhi os ombros. Deixei-a virar-se para mim e fitei-a com um sorriso - também te amo muito, miúda.

- eu já não sou miuda, mac - ri.me e abracei.o - eu já sou maior de idade e além disso miudas não fazem o que eu faço - beijei o seu pescoço, fazendo.lhe um chupão. subi ate aos seus labios e olhei.o nos olhos - sou a tua noiva, ainda não cheguei ao patamar de mulher

- serás sempre a minha miúda - disse a rir mas sim, sabia que ela era uma mulher e a mais maravilhosa do mundo. - em breve chegarás.

sorri e passei as maos pelos seus cabelos - eu não tenho uma alcunha para ti - fiz uma cara triste - isso é injusto - rocei os nossos labios - estou desejosa de ser tua mulher e tu o meu marido

- E morenão não é uma alcunha? Eu gosto.
Respondi, roçando os meus lábios nos dele.
- Também eu. Quando sairmos deste cruzeiro, casamos.

- é mas.. é muito vaga - fiz uma careta - e claro que gostas, é um elogio aos teus tributos - acariciei a sua nuca - então se calhar temos de começar a preparar as coisas porque se a minha mae sabe que vou casar e ainda nao preparei nada, vai querer organizar uma festa gigante e eu prefiro algo mais discreto

Soltei uma gargalhada espontânea - Vão dizer que somos loucos por nos irmos casar já - Talvez fossemos, loucos por amor - Tenho de te apresentar ao meu pai e aos meus amigos. Não são muitos... pelo menos não tenho assim tanta gente que encha como convidado num grande casamento.

- E achas que o teu pai vai gostar de mim ? - perguntei preocupada - e nao tens de me apresentar aos teus amigos amor, quer dizer.. apresentaste.me aqueles em italia e nao correu la muito bem - mordi o labio