Room 300

Depois daquele acontecimento na biblioteca, voltei imediatamente para o quarto. Atirei-me na cama e fechei os olhos. Hoje não iria sair. Já me tinha divertido o bastante, pelo que, aproveitei para dormir.
Acordei com o som do telemóvel. Isso deixava-me meio que de mau humor, mas assim que vi um número desconhecido, ergui o sobreolho e o mau humor transformou-se em curiosidade. Atendi.

Depois de desligar a chamada, fui tomar um banho rápido e vesti a primeira coisa que me apareceu à frente. Claro, que estava atento a tudo o que vestia. Depois de me perfumar e arranjar o cabelo, fui buscar as chaves, o cartão e outras coisas que precisaria. Meti-as tudo nos bolsos e saí.
Fui diretamente para o quarto que ela indicara e bati à porta.

encerrado.

Nunca altura como aquela, tinha a certeza que iria procurar alguma gaja, mas acabei por não o fazer. Tranquei-me no camarote e atirei-me praticamente, para cima da cama. Fechei os olhos e a muito custo, adormeci.

Acordei por volta das duas da tarde, mais ou menos. Estava com preguiça de sair da cama, pelo que optei por ligar ao serviços e pedi o almoço. Depois de almoçar, liguei para a primeira rapariga da minha lista e depois foi só esperar.

A rapariga podia ser boa na cama, mas não me satisfazia por completo. Deixei gemer para ali. Odiava coisas daquelas e revirei os olhos, quando ela finalmente se veio. Minutos depois saiu do camarote e ainda bem. Porra. Tirei um cigarro do meu maço e acendi-o. Deitei-me na cama.

Ouvi um estrondo alguns minutos depois e fui até à porta espreitar. Vi a loira que há pouco tinha comida e revirei os olhos. - Acho que tiveste azar.. - apenas comentei e nem a ajudei a levantar-se. Dera-me mau sexo, por isso, que se fodesse. Fechei a porta do camarote e atirei-me novamente, para cima da cama.

Estava mesmo aborrecido com aquilo tudo. Tinha ficado muito habituado, com aquela rotina de sexo e isso tudo. Vesti qualquer coisa e depois saí. Tinha que falar com Dya.


encerrado.

Ia fechar a porta do meu camarote, quando ela apareceu ali a correr e ergui o sobreolho. - Estamos conversados. - acabei por dizer e revirei os olhos. Fui colocar a camisa para o cesto da roupa suja e depois voltei.

Agora ela vinha com desculpas? Estive prestes a revirar os olhos, mas não o fiz. - Eu não te troquei. Mas estava calor e não ia simplesmente nadar até ti e dizer ''olha, quero foder, bora''. - desta vez revirei mesmo os olhos.

- Eu não disse que me recusaste. - afastei-me da sua pessoa e fui-me sentar no mini sofá que ali estava. Cruzei os braços ao peito.

Eu já lhe tinha dito o porquê. Mas não ia ser muito rude, já que ela estava a tentar ser simpática comigo. - Já te disse.. não ia simplesmente chatear com isso.

- Sei lá eu! Vocês mulheres é que são umas complicadas. - afastei-me ligeiramente da sua pessoa e remexi-me no sofá.

- Eu não estou a fugir. - tirei as suas mãos da minha camisola e voltei a remexer-me no sofá. - Não é nada disso. Estou só a pensar e estou aborrecido.

- Estou aborrecido, por estar. - não tinha motivos, para o estar. Apenas me sentia aborrecido e como tal, ponha-me sempre a pensar. - Em nada de mais.

Assim que saiu de cima de mim, voltei a remexer-me no sofá e puxei o meu portátil para cima do meu corpo. - Neste caso não. - pus-me a tratar de negócios. Tão cedo não ia voltar ao meu humor normal e apesar de poder tratar daquilo muito mais tarde, aproveitei para o fazer agora.

Sorri interiormente por ter feito efeito o meu falso desprezo. Olhei-a discretamente e mordi o lábio. Dei mais uns quantos minutos de atenção àquele pc e depois fechei-o. Corri até à cama e puxei-a pela cintura, deitando-me quase em cima dela.