Room 303

- podias ter dito que eu te conhecia porque trabalhavas aqui, eu nao te ia dar dois pontapes, ja te tinha explicado isso - encolhi os ombros - mas optaste por mentir e eu detesto mentiras, por isso é que me passei

Engoli em seco.
- Não vamos discutir isso. - disse baixo e deitei a cabeça nos braços, fechando os olhos durante uns segundos. - Desculpa novamente. - acabei por pedir e levantei-me da cama, indo sentar-me ao seu lado.

encolhi os ombros - deixa la - passei o braço por cima dos seus ombros, ficando com ele pousado no sofá - porque é que não me deixaste beijar ? tu gostas de mim, isso é obvio - podia soar convencido mas quando ela tava ao pe de mim estava sempre corada e envergonhada

Arregalei ligeiramente os ombros e virei-me a cara para o olhar. Como raio é que ele sabia? Eu era assim tão óbvia?
- Gosto de ti de que maneira, convencido? - inquiri, soando o mais normal possível e curiosa.

- tu gostas gostas de mim - encolhi os ombros. - e um pouco obvio, sabes ? - olhei.a - tens vergonha de mim, estremeces se eu me aproximo demasiado, suspiras quando eu nao tou a ver. - ser um mulherengo tinha.me ensinado tudo o que elas sentiam quando se apaixonavam, sabia os sinais que maior parte dos rapazes nao reparava

Arqueei o sobrolho.
- Tu és mesmo convencido, Cruise. - abanei a cabeça. - Eu sou assim. - encolhi os ombros.
Minha, não sabes comportar-te?! Ele agora sabe.
- Para saberes - olhei para ele - eu gosto de uma pessoa e ela não gosta de mim. - fiz uma careta. Não era mentira nenhuma. Ele não precisava de saber que era dele que eu falava.

ela estava.me a fazer passar por burro. revirei os olhos e olhei.a - ja perguntaste a essa pessoa ? - perguntei, sabendo que se referia a mim - nunca lhe falaste dos teus sentimentos, pois nao pearl ?

Encolhi os ombros levemente.
- Não é preciso. - disse baixo. - Já me magoaram uma vez, não quero que me magoem novamente. - deitei a cabeça no seu colo, ficando na posição que já tinha estado antes. - Quando gostas de alguém, isso é uma fraqueza. E eu já sou fraca o suficiente. - expliquei num tom calmo e olhei para a televisão.

- hey pearl, tu nao es fraca - disse, virando o seu rosto para mim - tu és fragil, é diferente - acariciei a sua bochecha e num impulso, beijei.a. os seus labios eram tao suaves e cuidadosos que me fizeram recuar perante a intensidade do beijo para algo leve

Olhei para ele perante o seu gesto que me obrigou a fazê-lo e engoli em seco, preparando-me para dizer-lhe que eu era fraca, mas todos os meus pensamentos foram interrompidos por ele e puxar-me para si e a juntar os seus lábios aos meus. Lutei contra o impulso de me afastar e agarrei os seus cabelos cuidadosamente com uma mão, acabando por retribuir o beijo, sem conseguir resistir. Os seus lábios eram macios contra os meus e meigos, o que me fez estremecer um pouco por finalmente conhecer aquela sensação.

- Desculpa, foi um impulso - afastei.me e aclarei a garganta, mexendo no cabelo - como estava a dizer, tu não és fraca - encolhi os ombros - nao acho que sejas

Assenti levemente e afastei-me, sentando-me direita com a cabeça encostada ao sofá.
- Tudo bem. - encolhi ligeiramente os ombros. - Eu acho que sou. Mas não importa. - disse baixo. Não era para o contrariar, era mesmo a minha opinião em relação a mim mesma.
"Desculpa, foi um impulso" a voz dele repetia-se, vez após vez, na minha cabeça, começando uma lenta tortura psicológica. Pois, ele devia viver de impulsos, já eu... E se ele dizia que eu gostava dele com tanta certeza, porque raio me tinha beijado? Para dar esperanças inexistentes?
Enquanto pensava, permaneci com o olhar neutro na televisão. Não podia demonstrar que o seu impulso me afetara.

- eu acho que tens um pensamento errado sobre ti. tu nao es fraca nenhuma, todos temos fraquezas é verdade mas isso nao te faz fraca. ate te torna mais forte porque tu nao deixas que a tua fraqueza arruine a tua vida e tome conta dela, lutas contra isso e só te faz uma lutadora - tentei fazer com que ela visse o quao boa pessoa e forte ela era ao contrario do que pensava

Ouvi-o e depois olhei para ele quando acabou de falar, abanando ligeiramente a cabeça com um pequeno sorriso triste desenhado nos meus lábios.
- Não é o que eu penso, mas vou respeitar a tua opinião. - disse baixo e depois voltei a desviar o olhar para a televisão que passava reclames foleiros.

suspirei e puxei.a para mim - nao acho que sejas fraca, nao acho mesmo - disse e beijei a sua testa - mas tu é que sabes - encolhi os ombros. nao a podia fazer mudar de ideias, so podia dizer o que achava

Deixei que me puxasse para si e aninhei-me automaticamente no seu peito, sentindo antes o seu beijo na minha testa.
- Esquece isso. - disse baixo enquanto olhava para a televisão.

revirei os olhos - es mesmo teimosa - comecei a mudar de canal porque nao dava nada de jeito. ouvi erik choramingar - a serio mano ? estavas a dormir tão bem - levantei.me e fui pega.lo ao colo

Sorri inocentemente.
- Não és o primeiro a dizê-lo. - gozei e endireitei-me no sofá quando Erik começou a choramingar.
Observei Ethan a ir pegar no irmão.
- Talvez seja melhor eu ir, não? - perguntei baixo. Nem sabia que horas eram.

- se quiseres podes ficar mais um pouco. - disse - o eric deve voltar a adormecer nao tarda - apontei com o queixo para a parede - tens ali um relogio - ri.me e comecei a embalar eric para adormecer - mas se queres ir embora, podes ir

Assenti levemente.
- Eu fico, não tenho nada para fazer sem ser dormir. - arqueei o sobrolho e olhei as horas. Já passava da meia noite. - Canta-lhe - disse baixo. - Da outra vez cantaste e resultou...

- tu queres é ouvir.me cantar - ri.me, olhando para ela - ele ja esta a adormecer. deve ter sido um pesadelo ou entao pensou que ficou sozinho - encolhi os ombros e fui.me sentar novamente no sofa - so me vais ouvir a cantar quando fizer um concerto no bar

Abri a boca.
- Tu és tão convencido. Não cantas nada demais, sabes? - olhei-o com um sorriso inocente nos lábios. - Pesadelo? Sonhou contigo? - brinquei baixinho.

- se não canto nada demais porque é que o eric adormece ? - perguntei - porque é que as miudas se derretem quando eu canto ? se eu cantasse mal, afastavam.se logo

Fiz um sorriso fofo e voltei a encará-lo.
- Porque as miúdas gostam dos teus olhos azuis. - encolhi os ombros. - Não da tua voz. - gozei com uma pequena careta.

- eu sei que os meus olhos azuis fascinam qualquer pessoa mas a minha voz tambem principalmente quando canto cançoes da minha autoria - sorri - mas tu no outro dia disseste que eu cantava bem, por isso nao vou acreditar no que estas a dizer