Room 300

Entre beijos e carícias, acabei por incentivá-la a pular para cima das minhas costas e fomos o resto do caminho até ao camarote assim. Depois fechei a porta atrás de nós e deitei-nos na cama. - Pronto..

Descalcei os meus sapatos e tirei as minhas calças, para um canto qualquer do chão. Puxei-a contra o meu corpo e fiz-nos rebolar pela cama, até nos metermos de baixo dos lençóis.

- Tu também, minha pequenina.. - beijei a sua testa e observei-o a adormecer. Depois, também eu acabei por cair num sono profundo.

Remexi-me assim que senti o toque de Dya no meu corpo e arrepiei-me instantaneamente. Abri os olhos muito devagar e encarei-a, com um sorriso de orelha a orelha. - Bom dia.. - fiz uma careta. Cada vez mais, me sentia atraído por ela, como nunca me tinha sentido, com pessoa nenhuma. Aquilo não era bom sinal e precisava de esclarecer as coisas. Sentei-me na cama e olhei-a nos olhos. - Tenho uma coisa para te dizer..

Eu tentava parecer descontraído, mas cada vez que pensava no assunto, ou seja, no que começara a sentir por ela, ficava tudo menos descontraído. Tenso.. Voltei a mirar o seu olhar. - Eu acho que me estou a apaixonar por ti. - achava, simplesmente não tinha a certeza.

Eu devia estar calado, porque estava com impressão de me ir enterrar. Depois ela sorriu e começou a corar e lembrei-me das suas palavras de há uns dias. Abanei a cabeça e encolhi os ombros. - Acho que sim.

Não via qual era a parte boa daquilo. Passei uma mão pelo meu queixo. - É bom? Depende do quê? - comecei a disparar com perguntas, mas logo me acalmei.

Ergui o sobrolho. Mas porque é que eu não me tinha calado? Sempre era melhor do que estar a receber respostas que só me deixavam confusas. - Está bem..

- Mais vale assim. - eu não sabia do que falava, mas era o que eu sentia. Não estava disposto a magoar-me, supostamente, por uma rapariga que se calhar nem queria mesmo nada comigo.

Estava pronto para acabar com toda aquela relação, até ouvir as suas palavras. Olhei automaticamente para si e fiz um pequeno sorriso. - Eu.. eu.. - eu nem sabia o que dizer. Só tinha vontade de a beijar e foi o que acabei por fazer.

Afaguei a sua face. Não queria que ela começasse a chorar. Abanei a cabeça de forma positiva e voltei a colar as nossas bocas. - Eu nunca.. mas nunca.. iria brincar com uma coisa destas. - era exceder certos limites e eu não era assim tão cabrão. - Gosto mesmo muito de ti. - murmurei contra os seus lábios. - Não consigo passar um minuto sem ti.

Puxei-a para cima do meu colo e passei as mãos pelo seu corpo. - Tu também és perfeita.. és tudo o que um homem pode querer. - suspirei. Apertei-a bem contra mim. Eu devia estar a dormir, ou então, sei lá..