Lounge

- Podemos sempre fazer um dos camarotes de escritório. Arranjávamos aquilo o máximo para se parecer com um e íamos brincar. - sim, sim.. aquilo era um ótima ideia! Só de pensar naquilo, ficava logo com vontade de me atirar para cima dela.

Essa ideia também não era nada mau pensada. - Sorri maliciosamente. Então, podíamos ir brincar um pouco para o camarote e depois quando achares que ele estiver a dormir.. tu sabes. - eu estaria disposto a arriscar tudo para fazer aquilo, oh se estaria.

 - Sim, eu sei.. - sabia bem os riscos que iríamos cometer. Mas era bom um bom motivo, não era?! Depois de pagarmos a conta, saímos dali e fomos para o seu camarote.

encerrado.

Depois de uma semana sem aturar a anónima loira e de ter tido alguns divertimentos noturnos, decidi ir passar o início da noite para o lounge, que era mais calmo do que um bar.
Assim que lá cheguei, sorri para a empregada que me fez olhinhos e pedi algo para beber, ficando depois virado para o balcão a dar dois dedos de conversa com a empregada morena. Fiquei a descobrir que ela se chamava Loise e que era de Veneza, trabalhava ali e no bar de strip e... deixei de a ouvir, olhando o seu corpo e as pernas torneadas e morenas.

Tinha passado a semana inteira apenas focada no meu trabalho, praticamente. Tudo estava a correr bem e já tinha salvado algumas pessoas de morrerem afogadas naquela piscina, era bom saber que conseguia salvar as pessoas de alguma coisa.
Estava na hora de descansar um pouco e esquecer por um bocado o trabalho e tudo isso, dirigi-me ao Lounge depois de ter passado pelo quarto e ter tomado um banho e vestido um vestido novo que tinha comprado à pouco tempo. Aproximei-me do balcão e sentei-me num dos bancos que tinha à frente do mesmo. Chamei um dos empregados e pedi uma bebida.

Ouvi barulho de um dos bancos a ser um pouco baixado pelo peso de um corpo sentado e olhei para o lado, na direção do mesmo. Bingo, era a loira anónima.
- Andas a seguir-me? - perguntei-lhe de sobrolho franzido, olhando as suas pernas por momentos.

Peguei no copo que o empregado me tinha servido e dei um gole na minha bebida que me ardeu ligeiramente ao passar pela garganta. Virei a cara para o lado quando ouvi uma voz um pouco familiar que parecia dirigir-se a mim. A sério que era aquele? Revirei os olhos. - Porque é que haveria de estar a perseguir-te? - perguntei abanando a cabeça.

Encolhi os ombros despreocupadamente.
- Para realizares a tua vingança? Dizeres-me o teu nome? Pedires desculpa por seres antipática? São tantas as opções.

Revirei os olhos ao que ele disse. - Não me apetece nenhuma dessas coisas. - disse olhando-o e encolhi os ombros, a vingança até que me apetecia mas na verdade estava sem nenhuma ideia para me vingar dele. Levei de novo o copo à boca e bebi um grande gole.

Sorri e bebi o resto da minha bebida.
- Nem a vingança? A sério? Desistes? - ri-me.

Olhei-o de olhos semicerrados. - Eu nunca desisto de nada. - resmunguei. Mais cedo ou mais tarde quando ele menos esperasse eu ia vingar-me de alguma maneira.
Chamei de novo o empregado e pedi-lhe para encher novamente o meu copo que agora se encontrava vazio.

Ri-me.
- Claro que não. - disse ironicamente.

- Que foi? - perguntei. Parecia que tinha o prazer de me tirar do sério. Voltei a beber, nada melhor do que beber para conseguir abstrair-me de tudo um pouco.

Abanei a cabeça.
- Nada, loira. Nadinha. - voltei a pedir mais uma bebida à empregada morena que demonstrava um beicinho nos lábios por eu ter desviado a atenção dela.

Encolhi os ombros. - Ainda bem. - acabei por dizer enquanto dedicava toda a minha atenção ao copo que se encontrava à minha frente. Parecia que tinha tirado a noite para beber, ainda bem que o meu quarto não era muito longe dali, assim chegaria lá facilmente.

Peguei na minha nova bebida e encostei-me ao balcão.
- Como te chamas mesmo? - perguntei-lhe calmamente.

Virei-me para ele quando me falou novamente. - Miriam. - acabei por dizer, sabia que ele iria acabar por descobrir o meu nome por isso não adiantava de nada continuar a negar.

Fiz um sorriso vitorioso e encostei-me no bar.
- Hmmm... Nome incomum. - disse baixo com um ligeiro encolher de ombros.
Fui bebendo da minha bebida e reparei que, ao longo da noite, Miriam continuava a pedir bebida atrás de bebida mas nem me atrevi a comentar.

- É. - encolhi os ombros. - É como eu. - acrescentei com um risinho baixo. Acho que todas as bebidas que eu já tinha pedido aquela noite já me começavam a afetar toda. Pedi mais uma levando com uns olhares estranhos do empregado que começava já a reparar que talvez eu estivesse já a beber demais.

O empregado acabou por abanar a cabeça para ela.
- É, eu também acho que já chega Miriam. - disse-lhe e levantei-me, agarrando-a pelo braço gentilmente.

Olhei para o Bryan assim que ouvi a sua voz e abanei que não com a cabeça. - Eu é que sei se já chega ou não. - comecei e rir-me que nem uma parvinha e soltei-me do seu braço. Peguei no copo e bebi o resto até à última gota.

Suspirei e tirei-lhe o copo vazio da sua mão.
- Pronto, agora ambos sabemos que já chega.
Afastei-a do bar. 
- Qual é o teu quarto?