Jardim/ Praça

- sim da mas nao e a mesma coisa e se eu quiser ter sexo, tenho no meu quarto. nao preciso de ir as compras com uma rapariga para fazer sexo, so tenho de a seduzir - encolhi os ombros. olhei para a minha barriga, voltando a baixar a camisola - e so para veres que os genes de familia nao vao permitir que eu tenha barriga de cerveja. o meu pai nao tem, o meu irmao nao tem, eu nao tenho. é genetico - encolhi os ombros novamente e fitei o seu pescoço - tens uma marca muito leve quase que nao se nota - revirei os olhos

Mordi o lábio.
- Pronto, se tu o dizes. - fiz uma careta. - Mas aposto que nem todas te consideram tão sedutor assim. - encolhi os ombros levemente.
Observei-o a baixar a camisola e mordi o interior da bochecha, sentindo uma onda de calor percorrer o meu corpo. Oh God, eu tinha que viver o suficiente para conseguir dizer-lhe alguma pista, para ele perceber que alguém podia gostar dele pelo que... ele era.
- Já vi, já vi. - disse baixo, abanando a cabeça levemente.
Mordi o lábio e olhei para baixo. 
- Porque reviraste os olhos? Eu só perguntei porque elas vão começar a comentar e a tentar perceber quem fez. - expliquei, num tom de voz baixo.

- porque quase que estas em panico com uma pequena marca que parece apenas um escaldaozito de nada, metes base e isso desaparece e assim ninguem sabe o que se passou, a nao ser eu claro - encolhi os ombros e levantei.me - e melhor ir andando. o erik ja dorme e daqui a nada tenho de acorda.lo para dar o jantar para nao falar que esta a demasiado tempo num sitio quente e sem beber nada

Suspirei.
- Eu não estou preocupada com que se note. - disse baixo. - Foi uma simples pergunta. - abanei a cabeça e engoli em seco.
Eu até lhe pediria para o fazer notar-se mais se ele o quisesse. Não percebia porquê que, de um momento para o outro, o seu tom de voz mudava radicalmente enquanto falava comigo: ou estava querido ou então falava-me como se estivesse irritado, fazendo-me sentir a pior pessoa do mundo por ser capaz de o colocar chateado.
Assenti face ao que disse sobre levar Erik para dentro e mordi o lábio inferior.
- Tudo bem. - disse baixinho.

- podes continuar sem te preocupares porque nao se nota e aposto que quando fores trabalhar isso ja nem se nota - acariciei a sua bochecha e inclinei.me, beijando a sua testa - fica bem - sai do jardim, indo ate ao quarto

Suspirei baixinho e mordi o lábio, fechando os olhos quando os seus lábios depositaram um beijo na minha testa.
- Tu também, Ethan. - disse baixo e observei-o afastar-se.
Voltei para o banco onde estava e recomecei a minha leitura no ponto onde tinha ficado; dei por mim a levar a mão ao pescoço com um sorriso idiota.
Quando chegou às 18h, fui vestir a farda e coloquei a roupa na mochila, indo para o restaurante.

 - tem calma, nao vai acontecer nada de mal - segurei.a e soltei uma gargalhada - pronto, quando entrarmos em alto mar ele estabiliza e é como se tivessemos em terra - garanti.lhe e continuei a segura.la para ela nao ter medo - pensa que é como os avioes ou os carros, é só aquele movimento inicial - encolhi os ombros, tentando despreocupa.la

O meu olhar estava preso a ele, penetrando assim o seu olhar com as suas palavras algo meu veio a cabeça. Algo rápido que rapidamente se transformou em palavras impulsivas. - Dizes isso a todas que... - os meus lábios cessaram por completo e eu virei um pouco a cara sem saber o que fazer. Observei uma planta minuciosamente detalhando-a no meu sub-consciente e posteriormente deambulei de encontro com um cadeirão que possuía dois lugares,onde me sentei. Encostei o meu tronco ao mesmo e mantive as minhas pernas fechas onde coloquei uma mão sobre as mesmas, apreciando o macio da minha pele morena. Subtilmente olhei para ele e para o cadeirão mandando-o sentar apenas com tal gesto e fiquei apenas a contemplar os seus movimentos visto que o que ele faria ou dizia era sempre imprevisível.

- onde e que foste buscar essa ideia ? - perguntei, aproximando.me e sentando.me - tenho um ar assim tao mulherengo que salta a vista que digo o mesmo a todas ? - olhei.a surpreendido com o que dissera - para esclarecermos as coisas, eu nao digo o mesmo a todas e nao faço o mesmo a todas - disse muito seriamente - sei que nao me conheces mas estou a dar.te a minha palavra - continuei serio e a olha.la

Nada disse, apenas reti as suas palavras no meu sub-consciente larguei um pequeno suspiro. Os meus olhos que estavam cravados no chão como garras desviaram-se e fitaram os olhos dele ficando assim até ele se aproximar de mim. - Desculpa...desculpa Jack, às vezes...sai-me. -  murmurei baixo e mordi a bochecha numa forma de me calar e deixar aqueles ataques impulsivos de lado. -Eu..eu acredito. - disse por fim num tom baixo.

- nao devias ter dito isso lia, pensares que sou como os outros - estava realmente chateado - se fosse como os outros tinha-te levado para a cama no minuto em que falei contigo e depois tinha.me vindo embora e passava no barco por ti como se nao existisses. - levantei.me - eu vou para o meu camarote, tenho de ir estudar 

Estava totalmente embasbacada com tal situação, parte de mim tremia mas quando meio que insinuou que era capaz de me levar para a cama arregalei os olhos e olhei para ele com um olhar que nunca ele tinha visto soltar de mim. - Primeiro, já pedi desculpas e em segundo lugar se estás a insinuar que eu alguma vez iria para a cama no minuto em que falaste comigo, estás muito enganado. Caramba, Jack a sério? É isso que achas? Que só não foi por ti? Parabéns, conseguiste a proeza de me irritar e ofender tudo num espaço de minutos. - levantei-me e peguei na minha mala, sentia as minhas mãos a tremer e os meus olhos a pestanejar com força para me tentar manter mais forte. Coloquei a minha mala contra mim e comecei a andar sem destino, certamente me iria perder no cruzeiro.

depois de tudo ela ainda virava as coisas como se eu fosse o mau da fita. revirei os olhos e sai dali. tinha de estudar e focar.me nisso mesmo, livros, matéria e estudos e não numa rapariga que está de passagem no cruzeiro e daqui a uns meses se vai embora.

A minha atitude foi completamente impulsiva e antes de abandonar completamente a praça voltei-me para trás. - Jack eu... - calei-me sentindo olhares estranhos sobre mim, ele já havia partido. Baixei o olhar e agarrei ainda mais a minha mala ficando assim pronta para vasculhar o cruzeiro e enfrentar os medos sem o meu recente 'amigo' Jack. Mas também o que queria eu? Os rapazes são todos iguais e não me venham com tretas, ele tinha acabado de provar esta minha velha teoria. Larguei um suspiro e comecei a andar em rumo a outro ponto do cruzeiro onde não o encontrasse, o que deveria ser difícil pois o destino sempre arranja maneira de nos juntar.
Pronto se eu já não estava totalmente feliz por estar num cruzeiro agora vejo todas as razões e mais algumas para detestá-lo. Larguei um pequeno suspiro e encostei-me a uma das paredes falsas do cruzeiro fechando os olhos com força. - O quarto...fica...para..a direita - murmurei convicta do mesmo e deambulei sem animo para o mesmo onde me atirei para a cama.


encerrado

- Nunca tinha vindo aqui - disse, olhando para ele - apenas ia a piscina, quarto, bar, discoteca e restaurantes - encolhi os ombros - e um sitio bonito - sorri

Sorri-lhe de volta e apertei ligeiramente a sua mão - É, calculei que fosses dizer isso... As pessoas pensam que é só aquele espaço ali, mas tem aqui um cantinho bem bonito e sossegado. Eu vim para aqui muitas vezes.. - Confessei.

- Vieste fazer o que para aqui sozinho ? - perguntei, arqueando a sobrancelha enquanto me sentava num banco, puxando.o comigo

- Bem, no início as coisas não eram fáceis para mim.. - Apenas disse, encolhendo os ombros ao lembrar-me das dificuldades que tive no início.

- porque ? tiveste dificuldades em adaptar.te ? - perguntei enquanto o olhava, acariciando a sua bochecha - podes.me contar - sorri

- Eu queria muito vir para aqui, mas quando realmente consegui e cá estava, não era assim tão fácil. Para além das dificuldades em adaptar-me, eu sentia imensa falta do meu irmão, que também morreu num cruzeiro e... Não foi nada fácil para mim. Mas aprendi a conviver com isso, e tentei começar a ser mais... Social, pelo menos com os colegas de trabalho. A única pessoa com quem me dou bem desde o início é o meu patrão, ele sempre foi impecável comigo e chega a ser quase como um pai para mim.. - Afirmei, sorrindo-lhe ligeiramente depois

- desculpa ter perguntado, nao sabia do teu irmao - abracei.o - es muito corajoso, sabias ? - perguntei, sorrindo - aposto que o teu irmao tem muito orgulho em ti, esteja onde estiver - acariciei o seu rosto e beijei.o

Correspondi ao seu beijo e baixei um pouco o rosto - Eu espero que sim... Eu estou aqui por causa dele, queria ter podido trabalhar com ele, mas não pude.. Enfim.. - Respirei fundo e mordi o lábio

- claro que ele está, eu própria estou muito orgulhosa de ti - sorri e abracei.o - eu tenho o maior orgulho em te chamar meu namorado - acariciei o seu rosto

Abracei-a de volta e dei-lhe um beijinho na bochecha - Obrigado princesa.. - Disse com um sorriso todo fofo e carinhoso, beijando-a calma e carinhosamente logo de seguida - Amo-te - Murmurei contra os seus lábios.

- eu também te amo meu bem - sorri e beijei.o. depois do beijo ter cessado, encostei.me a ele e olhei o mar - isto aqui e bonito - comentei