Piscina Exterior

-Ciumenta - voltei a repetir - Mas eu fico longe dela, está descansada.
-Ai é? - voltei-lhe a dar um beijinho e uma velha chamou-me da borda da piscina. Foda-se.
-Podia-me ajudar a descer, se faz favor? - perguntou.
-Existem ali umas escadas - disse apontando para elas.
-Mas eu quero já ficar aqui - ela ripostou e eu bufei. Tive de a pegar ao colo e a minha reputação ficou arruinada ali.

-Não sou ciumenta, só não quero que te dês com porcas. - sorri satisfeita com o que ele disse a seguir - Lindo menino. Aiiii, para. - contorci-me toda. Aquilo fazia-me tantas cócegas. Fui "salva" por uma velhota que praticamente exigiu que Simon a pegasse ao colo e a pusesse dentro de água. Ri-me à gargalhada com Maddalena, que apesar de estar tímida, não conteve o riso - Muito bem, Simon. - dobrei-me sob o meu corpo tendo cuidado para não cair na piscina.

Dei um olhar negro e sem ponta de piada a Madison e fiz uma careta.
-E tu não te ias também - apontei para a irmã dela.
Madison estava inclinada em cima de mim, por isso aproveitei para a trazer para dentro de água - Ups.

-Desculpa lá. - Maddalena elevou as duas mãos no ar e continuou a rir-se.
-Não dês ordens à minha irmã. - semicerrei os olhos, arregalando-os quando ele de repente me puxou para dentro de água - Ai porco! - dei-lhe uma chapadinha e trepei por ele acima para escapar à água fria.

-Estou na água, não estou? Não sou porco nenhum! - resmunguei e mergulhei-nos - Agora estás toda molhadinha - pun intended.

-És porco sim! Quem é que te deu autorização primeiro para me tocares e segundo para me trazeres para a água. - revirei os olhos - Ha ha ha. Teve muita piada essa.

-Eu não tenho de pedir autorização a ninguém - mantive-a colada a mim - Eu sei, eu devia ser comediante, não devia?

-Ai tens, tens. Tens que pedir autorização à dona do corpo. Eu. - apontei para mim e fiz cara de parva - Mas vais-me largar? Estou a ficar impaciente! - estava a fazer um esforço para lhe resistir. Ficava tão sexy todo molhado.

-Mas tu agora és minha - arregalei os olhos com o que disse e pousei-a no chão, voltando para a minha cadeira.
Merda, merda, merda.

Arregalamos os dois os olhos ao mesmo tempo. Ele pôs-me no chão e literalmente fugiu de mim. Olhei para a minha irmã que estava com cara de wtf - Eu já venho. - subi as escadas da piscina e fui atrás dele - Simon, não fujas de mim! - pus-me à frente dele - Eu sei que não quiseste dizer aquilo, que foi sem querer. Não faz mal. - eu sabia que ele não queria relacionamentos.

Engoli em seco e o irónico é que eu estava numa piscina. Madison veio atrás de mim. Claro que veio, é óbvio!
Limitei-me a olhar para ela quando ela disse que eu não quis dizer aquilo. O problema é que eu tinha dito a verdade...ou o que eu queria que fosse verdade, eu queria Madison.
-Eu...eu preciso de trabalhar, depois falamos - olhei para o chão.

Estava à espera de uma resposta como deve ser, não de que ele me mandasse embora - Bom trabalho. - respondi secamente. Agora quem tinha ficado sem palavras era eu. Tinha um nó enorme na garganta. Senti o queixo tremer e virei-lhe as costas antes que começasse a chorar - Maddalena, eu vou-me embora, diz aos pais. - disse meio em inglês meio em italiano. Já nem conseguia pensar como deve ser.
-Nem penses que te vou deixar sozinha! Eu vou contigo. - encolhi os ombros. Era-me indiferente. Enfiei a túnica não me importando com o facto de estar toda molhada, escorri o cabelo e peguei nas minhas coisas. Saí da piscina sem sequer olhar para trás.

Passei as mãos pelo meu cabelo e mandei vir comigo mesmo. Podias ter logo falado, mas não, decides mandá-la embora e ela agora está chateada contigo, obviamente!
O tempo demorou mais do que era suposto e nunca mais via a hora de sair dali. Quando esse tempo chegou, corri para o quarto de Madison e bati à porta.

Acordei sobressaltado quando me senti cair. Sentei-me de imediato e levantei-me, vendo-a ir embora. Que dor de cabeça que eu tenho. Penteei os cabelos com os dedos e ajeitei a roupa que tinha no corpo. Pus a garrafa no lixo e fui atrás dela. Vi-a a tomar o pequeno-almoço. Não me aproximei muito mas fiquei por perto

Depois de ter tomado o pequeno almoço fui ate uma espreguiçadeira onde me deitei. passei o protetor pelo corpo e pus os oculos de sol, começando a bronzear.me. porque raio ele estava a vigiar.me ?

Continuei a olhá-la atentamente. Ela parece-me a estar muito bem. Já eu estou aqui todo mal disposto e com uma puta de uma dor de cabeça que nem o mar eu posso ouvir. Suspirei pesadamente e fui até ao corrimão, segurando-me ao mesmo. Virei-me para o mar, ficando quase de costas para ela. Detesto quando não me sinto bem.

Tentei estar o mais normal possivel, como se ele nao tivesse ali. quando me fartei de estar ao sol, acabei por me lançar a piscina delicadamente porque esta estava fria em comparaçao com o meu corpo, nadando por um pouco quando entrei completamente dentro de agua

Deambulei por ali, afastando-me o máximo que podia sem sair daquele local. Fiquei assim praticamente no canto, agarrado ao corrimão. Num solavanco, debrucei-me sobre o mesmo. Felizmente não o larguei, senão tinha caído lá abaixo. Resmunguei baixinho para comigo mesmo. Detesto estar mal disposto, chego até a ficar chateado comigo mesmo. Mas para que é que eu me fui pôr na pinga? Baixei o rosto e respirei fundo.

Vi.o debruçado sobre o corrimão e sai da piscina, indo muito calmamente ate ele. - nao devias estar ai, podes cair - sentei.me no corrimao a olhar o mar - e se estás mal disposto, ver as ondas nao ajuda, so te faz ficar com mais nauseas

Ouvi a sua voz e suspirei. Larguei o corrimão e olhei-a - Também se cair olha, não se perde nada Encolhi os ombros e voltei a olhar para o mar - Eu estou bem

- claro, nota.se pela tua cara palida, o suor que tens na testa, o facto de estares tenso e estares meio debruçado. - revirei os olhos - ah e para nao falar na garrafa vazia que estava a minha porta de manha. estás de ressaca

Limpei a testa e suspirei pesadamente uma vez mais. Não desviei o olhar do mar - Estou bem. isto não é nada - Murmurei, afastando-me do corrimão ligeiramente. Outro solavanco se sucedeu e eu acabei por escorregar pelo barco e cair no chão, batendo com a cabeça nem sem bem onde. Mas foda-se, doía e não era pouco!

- Devias ir ver isso a enfermaria, estás a sangrar - sai do corrimão e baixei.me, ficando frente a frente com ele - ficou feio - fiz uma careta e levantei.me. se ele continuava parvo desde o jantar entao eu nao ia mostrar qualquer tipo de sentimento, era como se fosse indiferente

- Sangrar? - Franzi o sobrolho e levei a mão à cabeça. Tentei levantar-me devagar, mas senti-me ainda pior. Cambaleei por ali e de repente deixei de ouvir, ter forças ou sentir alguma coisa. Só sei que me senti cair contra algo duro, talvez o chão, com certeza.

agarrei.o antes que caisse no chao e partisse a cabeça - chamem a enfermeira - pedi e deitei.o com a cabeça de lado. quando a enfermeira chegou com a maca, os nadadores salvadores ajudaram.nos a po.lo na maca, levando.o para a enfermaria. estas coisas so aconteciam comigo