Piscina Exterior

- Não me pareces nada passada. - sorri inocentemente.
Cruzei os braços sobre o meu peito musculado e encolhi os ombros ligeiramente com um sorriso traquina a desenhar-se nos meus lábios.
- Também tenho um fetiche por nadadoras salvadoras. - falei descontraidamente, olhando-a de forma a provocá-la.

- Nem tem de te parecer nada. Eu é que sei o que estou ou não. - resmunguei revirando os olhos.
Abanei a cabeça. - Que bom para ti, tens por aí mais nadadoras salvadoras neste cruzeiro por isso podes ir satisfazer os teus fetiches com elas. - retorqui.

- Eu gosto de saber também. - encolhi os ombros.
Sorri para ela e abanei a cabeça.
- Aposto que não há muitas loiras, com uns lábios assim tão... vermelhinhos e super irritadiças. - pisquei-lhe o olho com um sorriso maroto. - Vais dizer-me que és assim na cama? - gozei.

- Mas não tens de saber. - disse em tom de resmungo.
Afastei uns cabelos que me tinham caído para o rosto e abanei a cabeça. - Não vou dizer porque não tens nada a ver com isso. Além de que é uma coisa que nunca irás saber. - retorqui.

- Claro que tenho que saber.
Virei-me para ela e fiz um sorriso maroto.
- Quem te disse que nunca vou saber? - aproximei-me dela.
E agora sentia-me desafiado.

- Não tens. - insisti de novo e bufei quando ele se aproximou mais de mim.
Meti uma mão à minha frente como que a impedi-lo de avançar mais. - Digo eu! - exclamei. - E vê se te afastas de mim. - voltei a resmungar.

Comecei a rir-me.
- Oh miúda, tu és mesmo irritante.
Abanei a cabeça e sentei-me na borda da piscina, olhando em volta enquanto sentia o sol bater-me nas costas.

- Já sei disso, obrigada. - disse cinicamente. - Estás a aturar-me porque queres, ninguém te está a obrigar a estar aqui a chatear-me. - encolhi os ombros e levantei-me, olhei em volta para ver as pessoas e se tudo estava em ordem.

Abanei a cabeça e alcancei a minha mochila, vendo as horas no telemóvel.
- Cuidado com as horas de muito sol. - gozei com ela, apoiando-me nas mãos para apanhar sol e inclinando o meu corpo para trás.

Cheguei ao cruzeiro num dia de manhã. Eram umas dez horas o que me deixava o dia todo para fazer o que quisesse. Pensei em dormir mas para quê ir para o quarto se posso dormir na piscina e ainda ficar bronzeada? Vesti o biquíni, avisei os meus pais e a minha irmã - que iam explorar tudo - para onde ia, peguei nas coisas essenciais e fui até à piscina.

Fui até à piscina, o meu local de trabalho, depois de ter vestido os típicos calções vermelhos. Meti o apito ao pescoço (parecia uma vaca com um guizo pendurado), peguei na toalha e sentei-me naquela cadeira enorme.
Um miúdo qualquer ameaçava empurrar outro.
-Hey! Tu aí, eu estou-te a ver!
Ele recuou logo.

Saí pelas portas de vidro e entrei na piscina. Caminhei com descontração até à zona das espreguiçadeiras onde escolhi uma longe da confusão. Estava quase colada à cadeira do nadador salvador mas esse tinha mais que fazer por isso não chateava. Estendi a toalha e subi para a espreguiçadeira, recostando-me a observar tudo.

Já estava a ficar enjoado por causa daquelas velhas todas em bikini. Cada uma pior que a outra, mas felizmente limpei as vistas quando uma morena pequenina e bem sexy se deitou na espreguiçadeira ao lado da minha cadeira. Olhei-a através dos óculos de sol e passei a língua pelos meus lábios. Ai que bombinha, se eu fosse religioso, já estava a rezar ao deus nosso (ou deles) senhor.

Estava quase a adormecer quando me lembrei de pôr protetor. E ainda bem porque se adormecesse ao sol a coisa ia dar para o torto. Sentei-me direita na espreguiçadeira e inclinei-me para a mala. Tirei o protetor lá de dentro e comecei a besuntar-me toda, tendo cuidado para não ficar branca.

- Eu sei ter cuidado comigo muito obrigada. - disse cinicamente e revirei os olhos olhando de seguida para ele.
- Tem cuidado tu, vá-se lá ver se não viras uma lagosta. - ri-me baixo com o que tinha dito

A gaja assim de repente tinha-se lembrado de meter protector. Eu ia era virar religioso e gritar ALELUIA.
Já fazia tempo desde a última vez que eu tinha tido sexo e ela parecia-me uma boa presa para apanhar.
Mas tinha de me conter ali, estou no meu local de trabalho. No entanto, não fazia mal nenhum oferecer auxílio.
-Queres ajuda? - perguntei-lhe.

Ao olhar para a zona do nadador salvador enquanto metia protetor reparei que ele vinha a sair da cadeira. Olhei em volta da piscina. Será que alguém se estava a afogar? Não, não via jeitos disso. Os meus pensamentos foram interrompidos por uma voz masculina. Virei-me de repente, deparando-me com o nadador salvador a olhar-me como se fosse um bife. Ergui a sobrancelha - Não, obrigada. Tu é que pareces precisar de ajuda. - fingi um sorriso amável - A limpares a baba que te está a escorrer pelo queixo! - disparei.

Okay, talvez isto fosse mais difícil que eu pensava. A gaja parecia difícil, ou talvez a fingir que era.
-Com baba não tenho problemas. Mas preciso de ajuda com outras coisas depois de o meu turno acabar.
Voltei a subir para a cadeira e tirei os óculos, piscando-lhe o olho.

-Hum... parece-me que vais ter que ir pescar noutro lago. Este ficou sem peixes. - revirei os olhos. Felizmente foi-se embora. Mas ainda teve a lata de me piscar o olho! Olhei para todos os lados para me certificar de que os meus pais não estavam ali e fiz-lhe o dedo do meio. Guardei o protetor, virei-lhe costas e fui até à piscina.

-Eu costumo pescar no mar, tem mais variedade - respondi já na cadeira.
Ri-me quando ela me fez um pirete e abanei a cabeça.
- O meu é maior - disse e ela foi para a água.

Nem há meia hora estava ali e já tinha o primeiro candidato à lista dos anormais. Não penses nisso Madison, ele nem vale a pena. Desci as escadas e entrei na água, mergulhando logo para não ter frio. Nadei um bocado e voltei à espreguiçadeira.

Abanei a cabeça e sorri.
- Não viro lagosta, não te preocupes. - gozei com ela e saí inteiramente da água, pegando na minha toalha e indo secar o corpo.

- ah ah ah a menina tem tanta piada - fiz.lhe uma careta, apanhando.a pelas pernas - ve la se nao vais bordo a fora e depois ja nem tens insonias nem nada - sai da piscina com ela ao meu ombro e fiquei a beira da mesma - e se eu agora te atirasse para a piscina ou entao ali para o mar - apontei para a ponta do barco - sempre te podiam ir buscar ou entao mandavam.te para a ilha - ri.me

Uns minutos depois, uma velha veio até mim.
-Desculpe, podia ajudar-me? - perguntou.
Eu acenei que sim com a cabeça e ela:
-Podia-me meter protector nas costas? É que eu tenho muita dificuldade em lá chegar - no que é que eu me vim meter?
-Não consegue arranjar mais ninguém? - perguntei - Eu estou a observar quem está na piscina.
-A minha amiga, Pattie, demora muito tempo na casa de banho, é num instante, menino.
Bufei e saltei da cadeira. Estendi a mão à espera que ela me desse o protector. Meti-o nas costas dela, que eram nojentas e espalhei aquilo mal e porcamente.
-Pronto, já está. Divirta-se.

Alguns minutos mais tarde levantei-me para ir buscar um sumo. Comprei-o e voltei para o meu sítio. Ao chegar lá vi o atiradiço a pôr protetor a uma velhota com uma cara de morrer. Sentei-me na espreguiçadeira antes que caísse para o lado e ri-me à gargalhada até já não aguentar mais. Parei para respirar e voltei a rir que nem uma maluca. Olhei-o assim que a mulher se foi embora e ainda me ri mais a olhar para ele diretamente - Tantas pretendentes! - gozei pelo meio de gargalhadas.