The Golden Time

Quando acabei de jantar, pedi a sobremesa e reparei que nada tinha entrado na cabeça da minha mae, eu dizer ou nao que precisava que ela passasse mais tempo com o erik era o mesmo. ela podia gostar muito de nos mas nao tinha tempo. chamei a empregada e dei.lhe o meu cartao - eu quero pagar a refeiçao e pode tirar duas horas para si

Engoli em seco quando me chamou e caminhei até à mesa, assentindo levemente ao que disse; fiz o pagamento e tirei as ditas duas horas que falou e dei-lhe o cartão de volta.
- Obrigada. - disse baixo, sem o olhar nos olhos.
Caminhei para outra mesa em que me chamaram.

guardei o cartao e peguei no erik ao colo, despedindo.me da minha mae. olhei para pearl uma ultima vez e sai dali, indo ate ao parque infantil com ele, ele tinha de se distrair para ver se esquecia as dores

Mordi o lábio nervosamente quando me olhou e depois saiu; abanei ligeiramente a cabeça, trabalhando o que faltava para acabar o primeiro turno do dia.
- Volto às 19h. - disse para o chef, que me assentiu da cozinha.
Fui pegar na minha mala e aproveitei para ir comer ao Bowling Dinner; depois disso, fui ao quarto para trocar de roupa.

Entrei no restaurante e fui pousar as coisas.
Comecei a arranjar as mesas e por volta das 19h e 30min. começaram a chegar pessoas para jantar; comecei a trabalhar nas minhas funções, anotando e atendendo pedidos.

Depois de ir tomar um duche e vestir outras roupas, fui para o Golden Time trabalhar. Enquanto não havia clientes, ajudei na cozinha com as sobremesas. Entretanto, já eram onze e meia e as pessoas começaram mais a aparecer. Começou então a azáfama do costume, a correria entre salão e cozinha, com ou sem pratos na mão. Estava na cozinha a ler os pedidos e a ver a que mesa pertencia, levando-as aos respectivos clientes, voltando depois. A correria de sempre à hora de almoço

Estava cansada, com calor e com uma má ressaca e o raio da mulher da farmacia nao sabia falar ingles e as pessoas da rua tambem nao. voltei para o barco e procurei por jackson por todo o lado, nao o encontrando. tirei o telemovel e liguei para a aqua e nada. olhei para as horas e fui ate ao golden times e vi.o a correr de um lado para o outro. - roy - chamei.o

Ouvi o meu nome a ser pronunciado num tom alto. Parecia-me ser a Thea. Quando me virei vi-a, meio estranha. - Victor, trata daqueles clientes que chegaram agora, eu tenho de ir ali. Obrigado - Afirmei para um dos outros empregados, aproximando-me dela rapidamente - Olá, Thea. Está tudo bem? Estás com uma cara estranha.. - Disse ao vê-la - Estás um pouco pálida..

- tenho calor, estou com uma ressaca horrivel e irritada porque o raio da mulher da farmacia nao sabe falar ingles - resmunguei, respirando fundo - sabes falar alemao ? é que eu nao entendo nada do que ela diz - perguntei na esperança que ele soubesse falar. se ele nao soubesse, estava lixada com f grande

- tenta não andar muito ao sol, isso vai piorar a tua dor de cabeça.. E sim, eu sei falar alemão. Eu vou lá fazer isso, não te preocupes. Acalma-te, sim? Queres um copo de água fresca? - Perguntei, passando a mão pela sua testa rapidamente. Estava mais calor do que era previsto, lá isso era verdade. E ela estava quente, com uma grande ressaca, e irritada - Anda ali comigo, eu dou-te água fresca que tenho ali e sentas-te um pouco - Estendi-lhe a mão, esperando

- nao quero agua, obrigada. so quero ir comprar a porcaria da pilula do dia seguinte ou isto vai correr mal e eu nao acho que queiras ser papá do filho de uma rapariga que acabaste de conhecer - respirei fundo e dei.lhe a mao, deixando que me levasse ate uma mesa - nao estas a entender o panico roy. estou no meu periodo fertil, nao tomo a pilula e tu vieste.te ca dentro - arregalei os olhos

Levei-a até uma mesa num sítio mais fresquinho e sossegado, sentando-me ao seu lado - Eu vou já lá, sim? Por favor acalma-te.. Enervares-te não te irá ajudar em nada, Thea. De certeza que não queres água? Estás muito quente... Queres que te traga alguma coisa para comeres, ou que peça um almoço para ti? Podes almoçar enquanto eu vou la comprar-te aquilo - Afirmei, pegando depois na sua mão, acariciando-a levemente enquanto olhava os seus olhos - Não vai acontecer nada, Thea, eu vou já lá - Assegurei-lhe

- nao tenho fome, nem sede. so quero la voltar e ir buscar a pilula para a tomar - expliquei - se a mulher percebesse a porcaria que digo nao precisava de voltar para tras e o raio da minha irma tambem deve ter o telemovel no cu porque nao o atende - resmunguei - quando e que podes ir la ?

- Thea, acalma-te. A tua irmã pode-se ter esquecido do telemóvel ou assim, não faço ideia - Encolhi os ombros e olhei para o resto do salão. Parecia-me estar tudo muito bem, e não pareciam precisar da minha ajuda para já - Eu vou só dizer-lhes que preciso de sair por uns momentos e vamos lá agora está bem? - Afirmei, dando-lhe um beijinho na mão - Calma - Disse-lhe assim que me levantei, indo depois falar com o meu pequeno patrão. Ele não se importou e deu-me autorização para eu sair o tempo que precisasse. Agradeci-lhe e voltei para junto de Thea, estendendo-lhe a mão - Anda, vamos lá

levantei.me e sai com ele, indo em direçao a farmacia que ainda era um pouco longe. tinha.me fartado de andar ate achar a farmacia - de certeza que falas bem alemao, nao e ? - perguntei para ter a certeza absoluta disso

Depois de sair do meu camarote, fui logo para o The Golden Time. A noite correu bem, não houve nada de extraordinário. Uma noite agitada, restaurante cheio. Nada que já não tivesse acontecido. Consegui sair um pouco mais cedo do trabalho, e fui logo de seguida para o camarote da Thea.

Cheguei ao restaurante a correr, e é óbvio que o meu patrão, mal me viu, veio ter comigo a correr. Mas não foi duro comigo ou assim. Perguntou se estava tudo bem comigo e se se passava alguma coisa. Eu até gosto bastante do meu patrão, é quase que como um segundo pai para mim. Eu vesti rapidamente a farda e pus-me logo ao trabalho. Depois de quase me passar por estar a correr de um lado para o outro, acabei por ir para a cozinha, ajudar nas sobremesas. Era muito melhor. Um pouco mais tarde, o meu patrão mandou-me ir descansar. Mas mal eu saí dali não fui descansar. Fui ter com a Thea.

Depois de ouvir o que ela disse, mantive-me imóvel mais uns seguntos, mesmo depois de ela ter fechado a porta. Eu sinto-me uma espécie de monstro. Mas não posso alterar o passado, o que já está feito não se pode alterar. Suspirei e desencostei-me da parede, indo depois para o quarto. Ela não queria mesmo falar comigo ou ver-me, e eu compreendo. Ponho-me no lugar dela. Se eu fosse rapariga e um rapaz me tivesse feito uma coisa daquelas, também não ia querer vê-lo, muito menos falar-lhe. Tomei um banho calmo e relaxante quando cheguei ao quarto. Depois disso, fui arrumar o quarto e ainda aproveitei para deixar a roupa suja na lavandaria. Assim que voltei ao quarto, vesti as calças do pijama e deitei-me na cama, completamente exausto. Irei trabalhar o máximo que puder a partir de agora, para me distrair. Desta vez não a irei contrariar, vou fazer o que me pediu.
Alguns dias passaram, e as coisas continuavam na mesma. Eu não a tinha visto em nenhum dos dias. Desliguei o despertador e levantei-me calmamente da cama depois de esfregar os olhos e de me espreguiçar. Fiz a cama e peguei na roupa, dirigindo-me para a casa de banho. Tomei um duche e dentro de instantes eu já estava pronto. Arrumei o resto das coisas e quando já estava na hora, fui para o restaurante. Hoje é domingo, um dia atarefado. Pelo menos, costuma ser. E hoje eu tinha de ir mais cedo para ajudar nas sobremesas. Depois de os cumprimentar, pus mãos à obra e comecei a ajudá-los. Quando os clientes começaram a chegar em abundância, fui para a sala de jantar atendê-los, da melhor forma possível

Os dias passavam e não tinha tido contacto com Roy e preferia assim. com o passar do tempo as negras tinham.se intensificado por isso andava sempre com uma manda descaida a tapar para ninguem fazer perguntas. depois de ter conhecido tommy naquele dia, tinha.o encontrado umas quantas vezes e tinhamos falado ate que aceitei ir jantar com ele depois de insistir vezes e vezes sem conta.
ele tinha escolhido um domingo estrelado. vesti um vestido num tom rosa forte e com mangas, para disfarçar as negras obviamente. calcei uns saltos pretos, pus uns brincos, maquilhei.me, arranjei o cabelo e fui ter com ele ao conves como tinhamos combinado porque ele queria que o sitio do jantar fosse surpresa. so me apercebi do restaurante que era quando vi roy passar atarefado. se tivesse sorte ele nem me via. fui.me sentar numa mesa com tommy e esperei que um empregado viesse ter connosco

Spoiler:

As horas passaram a correr e eu só tive um pequeno intervalo para almoçar. Nos domingos costuma ser sempre assim, uma correria. Bem, eu lembro-me de que quando vivia em casa com os meus pais e irmãos, a minha mãe fazia sempre questão de, ao domingom fazer um assado requintado e comiamos em família. Belos momentos que eram. Sorri com as boas memórias e rapidamente voltei ao trabalho. Isto é para a mesa doze, e isto é para a vinte, e ainda tenho de atender os clientes que acabaram de chegar e estão na mesa trinta e dois, segundo o que o Louis disse. Depois de ir entregar a comida às mesas, fui então atender os clientes que tinham chegado à pouco tempo. Nem queria acreditar quando vi quem era. A Thea, e aquele paspalho, todo babado a olhar para ela. Meu deus, que nervos e que nojo, ele é horrível! Mas também, o que posso eu dizer? É melhor não falar dos outros pois pelo ue parece, eu sou um monstro como este tipo de gajos, ou pior. Jamais me irei perdoar pelo que aconteceu. Suspirei pesadamente e respirei fundo, tentando não transparecer que o facto de estarem juntos e todos aperaltados para jantar me afectava. Peguei no meu bloco de notas e na caneta que me fora oferecida pela minha irmã e cheguei-me mais perto da mesa deles.
- boa noite. Já escolheram o que vão querer? - questionei num tom normal e profissional, sem o olhar sequer. Ele fazia-me ficar mais nervoso e stressado. Rodei a caneta e preparei-me para escrever, olhando a folha em branco e tentando fingir que os clientes que estavam à minha frente eram outras pessoas quaisquer

Não queria acreditar quando o empregado se aproximou da mesa e falou. baixei a cabeça e tentei manter.me imparcial - tommy escolhe qualquer coisa, eu vou so a casa de banho retocar.me e ja venho - disse e afastei.me dali o mais rapido que pude. porque raio tinha de ser ele o nosso empregado ?

Baixei mais o rosto e franzi ligieramente o sobrolho. Parece que se dão extremamente bem, até o trata por diminutivo e tudo! Tentei ao máximo manter-me neutro e tal e qual como tinha estado com os outros clientes, não posso armar nenhuma cena aqui. Fiz um pequeno aceno de cabeça quando ouvi Thea dizer que tinha de ir à casa de banho. O gajo parece que ficou bastante convencido com a desculpa que ela deu, mas eu percebi de imediato que era por causa de mim. Era mais óbvio do que sei lá o quê. Respirei fundo e olhei-o por instantes - deseja fazer os pedidos já ou quer que volte daqui a pouco? - questionei formalmente, ajeitando a caneta à mão. Ele decidiu fazer os pedidos naquele momento e pelo que me pareceu, escolheu por ela. Não pude deixar de abanar a cabeça, mas fi-lo de forma discreta. Apontei os pedidos e questionei se iria mais alguma coisa por agora, ao qual me respondeu que não. Informei-o que daqui a instantes voltaria com as bebidas e saí rapidamente dali. Informei o chef sobre os pedidos e coloquei o papel com os mesmos no sítio apropriado, afastando-me um pouco. Eu sinto-me tão stressado, ai que nervos! Ela parece que está lindamente bem, com o seu namoradinho. Isto ainda vai correr mal, eu ainda me vou passar...

depois de me refrescar e por as ideias em ordem voltei para a mesa e ele ja nao estava la. respirei fundo e tentei por um pequeno sorriso - preferia ter ido ao bowling dinner, sabes ? - olhei.o - dispensava bem vir ao the golden so porque e mais requintado - fiz uma careta e ele disse que me queria dar um jantar como merecia e tal mas eu sabia que ele so me queria levar para a cama so que eu nao era conquistada por jantares finos

Não queria estar ali, não com a presença dele no mesmo espaço que eu. suspirei quando ele voltou até à mesa com as bebidas. deixei que me servisse mas nunca o olhei, nem queria olhar. olhei para tommy e ele disse que nao queriamos mais nada. suspirei e relaxei quando ele foi embora, quem me dera que ele não quisesse mais atender.nos e desse a mesa a outro empregado, alguém que não ele. até podia ser o maior idiota dali mas qualquer um servia. tentei soar o mais normal possivel enquanto falava com tommy que parecia nao reparar na tensão entre mim e roy. calei.me novamente quando ele veio trazer as entradas passado um tempo, esperando que se fosse embora