The Golden Time

Levantei-me e sorri-lhe levemente, saindo da mesa; entrei na sala e peguei no meu saco, entrando na nossa casa de banho. Vesti-me e soltei o cabelo, arrumando a minha farda no saco. Fechei-o e quando voltei para a mesa, ele estava a comer a sua sobremesa.
- Voltei. - disse baixo, pousando o saco ao meu lado e sentando-me onde estava.

- podemos ir, eu ja estou despachado. - disse com a boca cheia daquela maravilhosa sobremesa. levantei.me e peguei.lhe no saco, trazendo.a comigo - podemos ir deixar o saco ao teu ou ao meu quarto e vamos dar a nossa volta

- Não fales de boca cheia. - disse, rindo-me baixinho.
Ele levantou-se, pegou no meu saco e fez com que me levantasse também.
- Sim, tudo bem. Deixa-me levar o saco. - pedi, estendo a mão para o mesmo. Peguei num guardanapo e limpei-lhe o canto da boca. - Não comes só com a boca. - gozei-o, pousando o guardanapo na mesa novamente.

- Claro que nao, tudo precisa de comer senao como e que achas que eu ficava assim ? - perguntei, fletindo o braço e fazendo musculo - obrigada mama por teres limpo a boca - gozei

Ergui o sobrolho e cruzei os braços.
- De nada. - disse, encolhendo os ombros. - Pensei que já eras crescidinho para o fazer, mas estavas todo sujo na mesma. - fiz uma careta. - E, já te disse que não és nada demais? - olhei-o.

- A tua boca pode dizer isso mas os teus olhos não dizem o mesmo - aproximei.me dela, ficando a escassos centimetros - Até porque se eu te beijar tu nao vais dizer nao - sorri

Abanei a cabeça.
- Tens a certeza? - ri-me.

- absoluta. tiveste muitas oportunidades para te afastar das vezes que te beijei e fizeste.o ? - perguntei - que eu tenha apercebido nao, ainda me puxaste mais para ti - sorri vitorioso

Revirei os olhos e finalmente saímos do campo de visão dos olhares atentos das outras empregadas do The Golden Time. Virei-me para ele.
- Recusei-te da primeira vez. - relembrei.

- Não me lembro disso ter acontecido - disse, arqueando o sobrolho - nao deve ter sido comigo, deve ter sido com outro qualquer - passei o braço pela sua cintura, puxando.a para a zona dos quartos

Abanei a cabeça, fazendo uma careta.
- Nem me vou preocupar com a tua falta de memória. Dá para notar que é muito seletiva. - gozei-o e andei com ele.

- eu tenho uma excelente memoria mas se nao me lembro a culpa nao e minha - olhei.a - se eu nao me lembro é porque isso nao aconteceu, acho que me tas a confundir com alguem

Revirei os olhos com um sorriso nos lábios.
- Queres relembrar essa cena? - resmunguei com ele, dando-lhe um leve encontrão.

- relembra.me - disse, parando em frente a ela, sorrindo - como é que foi ? - perguntei e colei os nossos corpos

Ri-me baixinho e abanei a cabeça.
- Precisamos de uma parede para eu me encostar. - fiz uma careta. Dei dois passos atrás e puxei-o comigo, acabando por me encostar. - Então, foi assim... - deixei que ele se voltasse a aproximar de mim. - Daquele lado estava a mesinha de cabeceira e tu tinhas as mãos assim - peguei nos braços dele e estiquei-os com cuidado, colocando as suas mãos na parede. - E depois eu pedi-te para passar, mais ou menos. - baixei o braço dele e saí da "prisão" dos braços dele, sorrindo. - Relembrado?

- hmmm nao, continuo sem me lembrar - disse com um ar pensativo - mas se quiseres podes recusar agora - disse, voltando a aprisiona.la, roçando os nossos labios - queres mesmo recusar ? - perguntei

Fiz um sorriso travesso contra os seus lábios. Eu era inocente, não burra e sabia como fazer um rapaz desejar mais.
- Acho que vou fazer é com que queiras mais. - disse, com um sorriso inocente, e levei as mãos ao seu cabelo. Coloquei-me de bicos de pés e beijei-o, lenta e intensamente, enquanto lhe mexia na parte de trás do cabelo com uma mão.
Acabei por afastar-me e passar por debaixo dos seus braços, recomeçando a andar até ao quarto.

agarrei a sua cintura firmemente, correspondendo ao seu beijo - assim é que eu gosto. estás assanhada. também gosto da parte timida, mete piada quando ficas corada - disse, agarrando.a pela mao e puxando.a para mim. prendi o seu pescoço pela nuca e voltei a dar.lhe um beijo, um beijo que ela nao ia esquecer

Ri-me com o que ele disse.
- Posso ser inocente em muitos aspetos, mas não sou burra. - encolhi os ombros e senti-o puxar-me pela mão. Uma das suas mãos foi para a minha nuca e vi-me obrigada a colocar-me de bicos de pés para retribuir o beijo. - Já posso voltar à Pearl tímida? - perguntei-lhe baixinho com um sorriso. - É que eu não sei o que é que tu estás a fazer para ela se esconder.

- eu estou apenas a ser eu - ri.me, largando.a - ja podemos ir - disse, dando.lhe passagem - logo a noite é noite de karaoke no bar. queres ir ouvir aqui o rapaz que canta super mal ? - perguntei, olhando.a

Sorri-lhe e passei. Parei em frente à porta do meu quarto e abri o mesmo com o cartão, entrando para pousar o meu saco em cima da cama.
- É, posso ir ver. - sorri levemente. - Mas vou tapar os ouvidos. A que horas é? - perguntei.

- depois dos jantares serem sevidos por volta das dez ou onze da noite - avisei.a - aposto que vais gostar da musica que vou tocar - sorri e pisquei.lhe o olho - queres ir onde ? - perguntei enquanto punha as maos nos bolsos dos calçoes

- Então vou trabalhar das sete às nove e meia. - disse logo com um encolher de ombros.
Olhei-o.
- Não íamos à piscina ou assim? - perguntei, aproximando-me dele.

- podemos ir - disse, olhando o seu corpo. nao me importava nada de a ver com pouca roupa - vamos ja la para depois tomares banho e ja disse que hoje nao voltas a trabalhar - avisei

Corei quando o vi olhar-me de alto a baixo.
- Não é para olhares ou então vou comprar um fato de banho à avozinha gorda e troco-me. - disse-lhe muito séria.
Fiz-lhe uma careta e cruzei os braços.
- Pensas que és quem para não me deixar trabalhar? O meu chefe? - gozei com ele.
Peguei na minha mala que tinha a toalha de praia, o protetor, os óculos de sol e o meu livro e coloquei-a ao ombro.
- Vamos? - perguntei-lhe, virando-me para ele.