Locais Estratégicos

soltei uma gargalhada e olhei.a - para ti um amo.te em alemao nao soa bem e para eles um amo.te na nossa lingua tambem nao soa bem, e o habito. - encolhi os ombros - vamos, temos pouco tempo e eu tenho varias coisas para te mostrar, afinal nao viemos aqui para nos deitarmos na praia, ou viemos ? - perguntei, arqueando a sobrancelha. a meu ver ela ia ficar mais contente por visitar a cidade do que propriamente deitar.se numa toalha a apanhar sol, ela nao parecia ser nada assim

Já estava a ver a minha vida a andar para trás. Ninguém se apercebia e o homem cada vez me tocava mais. Era impossível eu afastá-lo devido à força com que começava a agarrar-me e pelo facto de me manter encostada à parede. E aquele sorriso asqueroso fazia-me tremer de medo.
De um momento para o outro, o homem estava no chão e alguém falou qualquer coisa que não percebi em alemão; olhei para o dono da voz e depois senti os seus braços rodearem-me.
Abracei Ethan, enquanto tremia dos pés à cabeça e tentava respirar fundo.
- Obrigada. - disse muito baixinho, sentindo-me demasiado em choque para começar a chorar.
Por detrás das suas costas, esfreguei os pulsos rapidamente que me doíam.

- Shhh - acariciei os seus cabelos e pousei o queixo na sua cabeça - estás bem ? - perguntei, segurando o seu rosto - ele nao te fez nada, pois nao ? - perguntei preocupado enquanto a olhava - anda, vamos embora - passei o braço por cima dos seus ombros e aconcheguei.a a mim - esta tudo bem, ja ninguém te vai fazer mal - garanti

Assenti levemente.
- Acho que estou. - disse baixinho. - Não fez nada, graças a ti. Obrigada. - agradeci-lhe mais uma vez.
Aconcheguei-me nele quando colocou um braço por cima dos meus ombros e tentei parar de tremer.
- Sabes falar alemão? - murmurei para me distrair, olhando para ele. Podia ser que aquele efeito de o ver e de tudo se desvanecer resultasse. Bem, não estava a resultar tanto como eu queria.

Olhei-o nos olhos aproveitando a maneira como me olhou e ri-me baixinho. - Sim, mas eles sabem que há línguas muito mais subtis e românticas, como o francês e o italiano. - larguei um leve suspiro e depois acabei por me voltar a rir com o que ele outrora proferiu. - Não..- sorri-lhe um pouco e deixei-me guiar por ele, perambulando assim pela cidade em busca de algum lugar desconhecido da minha parte; o que não era difícil pois tudo à minha volta era desconhecido.
Observadora nata como sou deixei-me cair na contemplação do espaço urbano à minha volta e fixei-me nas pessoas tentando decorar rostos e expressões, olhei para os cafés e não pude deixar escapar o olhar de algumas raparigas para nós os dois, sobretudo para ele...Porém enquanto ele era a audiência das raparigas, eu por outro lado e expresso isto de forma negativa, era a audiência dos homens, porém de várias idades o que por vezes me fazia apressar o andar ou mostrar o meu desencanto e desagrado através da minha expressão facial.
Uma loira relativamente baixa com uns peitos exageradamente grandes e com uma atitude bastante metida dirigiu-se até nós fitando-o de forma sensual e até mesmo provocadora.-Está aqui o meu número, quando quiseres liga.Já ouvi dizer que vão ficar o resto da tarde...- a sua voz era um pouco rouca, acabei por tirar a minha mão da dele e afastar-me um pouco de forma a não me meter onde era chamada ou até mesmo para poderem falar de coisas que a mim não me iriam dar gosto em ouvir, pois normalmente imagino quase tudo. E não, não quero imaginar coisas daquele calibre. - Aposto que sou muito melhor que ela, e que faço chegar num Às. - os seus lábios aproximaram-se dele e eu soltei um som que exibia o meu estado enojado. Como se atrevia a dirigir-se a mim de forma subjectiva lançando-me um olhar quando afirmou ser melhor que eu, na verdade não estava ali para fazer concorrência a ninguém, e quis deixar bem claro tal coisa. 
-A conversa é entre ti e ele, não metas. -fechei os olhos e sentei-me num banco deixando completamente a conversa deles de parte, mal os abri tentei procurá-los com o olhar.

- eh.. safo.me. ja nao e a primeira vez que passo pela alemanha e ja chegamos a ficar aqui uns dias, tive de começar a aprender - sorri e continuei a andar com ela junto a mim - estás mesmo bem ou precisas que te leve a enfermaria para tomares um calmante ? - perguntei, olhando para ela - ou queres ir para o teu camarote ?

Ia.lhe dizendo os nomes dos locais e o que sabia sobre a alemanha. geografia e historia nao eram muito a minha area mas mesmo assim conseguia.me lembrar do que me tinha sido explicado. estava tudo a correr bem quando fui abordado por uma loira que me estava a dar o numero de telefone, apesar de conseguir falar perfeitamente alemao, olhei.a com uma cara confusa - nao entendo alemao, desculpa - disse e olhei para lia que se tinha afastado porque ela tinha ofendido - eu nao ser alemao, nao falar alemao - disse lentamente e fui ate ao banco, pondo.me atras dele e esperando que ela abrisse os olhos - bu - disse ao seu ouvido, sorrindo

- Ficas com um sotaque fixe. - brinquei com ele, continuando a utilizar um tom de voz baixo.
Continuei a respirar fundo, acalmando os tremores que percorriam o meu corpo todo.
- Estou bem. - disse baixo, com a voz um pouco rouca. - E preciso de ir trabalhar. - encolhi ligeiramente os ombros, olhando as horas.
Era bom senti-lo assim. Sim, era por causa daquela triste situação mas mesmo assim...

Na verdade sabia muito mais da Alemanha do que ele poderia imaginar, mas não queria transparecer isso pois aquela sua atitude assentava-lhe bem demais.Digamos, que a meu ver, era bastante sexy. Ao passar pela Catedral de Colónia na Alemanha um sorriso meu escapou-se. - Aqui estão os três reis magos, ir a Colónia e não visitar a Catedral, é como ir a paris e não visitar a Torre Eiffel. - deixei escapar numa suave linha de voz rica em suavidade e encanto, enquanto tirava o meu telemóvel do bolso fitei-o pelo canto do olho.Afastei-me um pouco e tirei a fotografia rapidamente enviando-a à minha mãe por MMS (Multimedia Messaging Service). 
Antes da interrupção feita pela loiraça alemã, antes da nossa conversa ter sido quebrada eu poderia ver como o seu olhar estava diferente perante tudo. Não entendia se era bom ou mau, mas estava pronta a desvendar esse pequeno mistério, enquanto pensava em tal coisa os meus olhos cessavam e a minha respiração afundou um pouco ouvindo-se um pequeno suspiro que evacuava de mim. O seu som despertou a minha atenção,devido talvez à sua aproximação da minha orelha e ao seu bafo no meu ouvido misturando com aquele seu timbre especial eu arrepiei-me não abrindo logo os olhos..apenas momentos depois quando me virei para ele e o fitei. - Vamos? - perguntei baixo e levantei-me ficando um pouco mais alta do que outrora visto ter estado sentada.  Esta minha proximidade com ele fez a minha respiração ficar mais descontrolada e por momentos, e talvez num ato impulsivo, afastei-me dele e encostei-me a uma parede; à parede da catedral.

- nem pensar pearl, hoje nao vais trabalhar. vais diretamente para o teu camarim ou, caso queiras companhia, vamos para o meu. eu aviso o teu chefe que nao vais trabalhar e estas comigo, tambem sou patrao e mando tanto naquele barco como o meu pai, o teu chefe nao pode dizer nada - sorri.lhe e finalmente chegamos ao barco - vá, preferes ir sozinha ou acompanhada ?

- nao sabia que era assim tao feio ao ponto de te assustar - ri.me e estiquei a mao de novo para ela - vamos - respondi e sorri, esperando que ela me desse a mao - entao.. o que vamos provar é Apfelstrudel, conheces ? - perguntei na esperança que nao, assim podia leva.la a comer. uma iguaria alemã deliciosa que eu adorava, podia nao ser a sua favorita mas vaia apena arriscar - ahm nao es alergica a frutos secos, pois nao ? - nao queria mata.la nem queria que ela ficasse doente

Engoli em seco.
- Mas eu tenho que trabalhar. 
Mordi o lábio.
- Não te posso mesmo refutar, pois não patrão? - tentei brincar com ele.
Abanei a cabeça e agarrei-lhe no braço levemente.
- Não me deixes sozinha, por favor. - pedi baixo. - Desculpa, pareço uma criança de dois anos. - continuei no mesmo tom, envergonhada.

- nao, nao vale apena tentares refutar - encolhi os ombros e olhei.a - tudo bem, eu nao deixo - acariciei os seus cabelos e beijei a sua cabeça - anda, vamos para o meu camarim. deixei la o erik com a babbysitter - pousei a mao ao fundo das suas costas, dando.lhe um leve empurrao

-Tu não és assim tão feio ao ponto de me assustar. - gargalhei e observei cuidadosamente a sua mão que já se encontrava esticada em minha direcção. Peguei nela com muito cuidado e aproximei-me dele de forma a que os nossos braços não permanecessem esticados, e como é óbvio para puder inalar o seu perfume que podia apostar que era a versão masculina no meu perfume. O cheiro assenta-lhe muitíssimo bem, é quente como ele.- Conheço só pelo que tenho lido, mais nada. - não sei porquê, e talvez num ato estúpido meu, entrelacei os nossos dedos cuidadosamente e de forma delicada de forma a ele ainda ter tempo de 'fugir'. - Não nem por isso...-um sorriso desenhou-se na minha cara e começamos a caminhar por entre ruelas até chegarmos ao café. - Eu pago, e acredita que sou muito teimosa...e não me vais fazer esta desfeita. Principalmente porque andas aqui a mostrar-me a cidade e posso retribuir um pouco pelo que fizeste. - e sem mais demoras, e com a ajuda de alguns cavalheiros que sem razão aparente me deixaram passar a frente, fitando assim o meu rabo que estava de frente para eles...Já o empregado não parava de olhar para o meu decote o que me fez baixar a cara para poder falar com ele. -*Guten Tag Herr, waren zwei Apfelstrudel bitte ... zu nehmen. - mal obtive aquilo que outrora desejei, afastei-me da multidão com os Strudels de Maçã na mão e dirigi-me a ele. Ainda sem saber como lhe dar a mão, ou talvez não fosse preciso. Ou fosse.Ou talvez não.Ou talvez eu quisesse. Ou talvez não. Ai, Parou!






*Bom dia senhor, eram por favor dois Apfelstrudel ...para levar.

- Está bem, eu deixo.te pagar os Apfelstrudel as depois eu pago.te um jantar no the golden time - refutei - e nao aceito nao como resposta senao levo.te imediatamente para o barco como um saco de batatas - ameacei, soltando uma gargalhada. esperei que ela fosse ao cafe, visto querer ir sozinha. quando ela voltou peguei num dos doces e beijei a sua cabeça - espero que gostes, sao um dos meus favoritos - peguei novamente na sua mao para a puxar levemente e lhe mostrar o resto das coisas antes de irmos para o barco - temos de nos despachar antes que o barco se va embora sem nos - ri.me

-Isso logo se vê.... - gargalhei um pouco observando o por-do-sol que se encontrada por trás do navio.- saco de batatas e que não. - resmunguei um pouco e encarei-o olhando-o nos olhos e fechando-os quando ele me beijou a testa por breves instantes. Abri o pacote e delicadamente dei uma trinca, uma trinca pequena mas muito saborosa, mal engoli passei um papel sobre os meus lábios e mirei um espelho limpando o que estava sujo e olhei para ele. - Isto é maravilhoso. - lancei-lhe um sorriso e fui a comer devagar enquanto ele me mostrou o resto da cidade em pouco tempo. Posteriormente corremos até ao barco onde provavelmente fomos os últimos a chegar, subimos o barco ainda de mão dada.- Vamos-nos sentar, não gosto quando isto arranca. - Tarde demais, agarrei-me a ele e estremeci mal o barco deu a sua primeira investida.