Locais Estratégicos

-Hey - protestei quando ela me tirou a goma da boca - Até me dares o saco, não vais ter mais nada que fazer e nem que eu entre no navio contigo ao colo.
Eu aguentava muito tempo com pesos em cima e ela na verdade era bem leve. Se ela não me devolvesse o raio do saco, íamos ter uma longa noite.

-Então senta-te. Não queremos que morras devido ao meu peso, não é? - tirei outra goma do saco e comi-a, desta vez sem lhe dar nada. Repeti o processo até o saco estar vazio e quando isso aconteceu prendi-lho na gola da t-shirt - Aqui está o teu saco. - sorri angelicalmente.

A pouco e pouco, as gomas foram desaparecendo. Raio da gaja. Mas mesmo assim, não a ia meter no chão.
-Tens tanta piada - fingi um riso - E agora se eu te largasse na fonte? Também tinha piada!

Arregalei os olhos assim que ele ameaçou atirar-me para a fonte - Não tinha piada nenhuma! - exclamei ainda de olhos arregalados - Nem te atrevas. - olhei para o relógio e vi que já eram horas de jantar. Não que eu tivesse muita fome - Vá põe-me lá no chão. Tenho um jantar marcado. - bati-lhe no ombro.

-Eu já te disse, até eu ter as minhas gomas de volta, não vais a lado nenhum - eu disse e andei às voltas da fonte a olhar para o ar.

-O que queres que faça? Que vomite as gomas e te dê o vómito à boca? - questionei com voz de gozona. Passei um braço à volta do pescoço dele para ter a certeza de que não caía e com o outro bati-lhe no peito - Se eu afundar, afundas comigo.

-Eu não sei quais são os teus hábitos, mas tu tens problemas - fiz uma careta - Agora, nós vamos ali à loja e tu vais comprar-me mais gomas, exactamente as que eu comprei e tu comeste.
-Tu estás a pensar que me estás a aleijar?

-Hell no! Eu não trouxe carteira! Nem mais nada. Por isso é que tens que me pôr no chão e deixar-me ir embora. Não posso chegar atrasada ao jantar. E ainda tenho que mudar de roupa! - falei muito depressa e parei de lhe bater - Não, mas vou aleijar-te se não me deixares ir. Eu dou-te as gomas noutro dia. - revirei os olhos.

Eu já tava a ficar farto dela, por isso meti-a no chão.
-Eu vou deixar-te ir, mas olha que eu estarei sempre à espera das minhas gomas. Se não as trouxeres, irás sofrer consequências.

-Claro. - encolhi os ombros desinteressada, ajeitando a manga da minha blusa que entretanto tinha descaído - Vou ter pesadelos esta noite, uhhh. - ri-me. Mandei-lhe um beijinho e fui-me embora.

-Hmm, claro - revirei os olhos e ela foi-se embora - Maluca - murmurei e caminhei em direcção ao navio.

- Sim Thea, eu sei falar bem alemão. Eu tive de aprender algumas línguas antes de vir para o cruzeiro. Não as sei de forma a parecer mesmo excelente mas sei o suficiente - Afirmei, chegando com ela à farmácia. Esperámos pela nossa vez e quando nos atenderam, pedi então a pílula do dia seguinte para a Thea. Depois de ela passar o código, colocar no saquinho e de pagarmos, saímos então - Pronto já está - Disse baixinho, olhando-a com um sorriso. Ela ainda estava um pouco irritada e algo nervosa. Ou pelo menos era o que parecia

Peguei numa garrafa de agua e engoli a pilula com metade do conteudo da garrafa. respirei fundo e esperei que resultasse senao nao ia ser nada bom. - ja esta, podes voltar para o cruzeiro porque ens de ir trabalhar. foste dispensado por minha causa e nao quero que te despeçam, vai

- Tranquilo, não me despedem por isto... Há quem esteja sempre a pedir para sair mais cedo ou para que o intervalo seja mais longo e ainda ninguém os despediu - contei, encolhendo depois os ombros - Mas sim, entretanto tenho de ir. E tu ficas bem? Se precisares de alguma coisa podes sempre ir lá chamar-me... Ou então mandas-me mensagem - Procurei o meu telemóvel que estava no bolso e dei-lho para as mãos

mandei uma mensagem para o meu telemovel para ficar com o seu numero e devolvi.lho - eu volto para o cruzeiro contigo, vou para o meu quarto - disse, começando a andar. a ressaca estava horrivel, por isso precisava de muitas horas de sono para ficar 100% recuperada

Peguei no telemóvel e guardei o seu número, voltando a guardar o telemóvel no bolso. Sorri ligeiramente e voltei a olhá-la enquanto caminhávamos - Acho bem. É melhor descansares e dormires mais um pouco. O calor que está também não faz nada bem para quem tem uma ressaca dessas.. Descansa, sim? - Pedi, fitando-a com um sorriso carinhoso. Ela tem realmente aquele encanto especial que me atrai. Deve ser a única rebelde que realmente me atrai. E neste momento, é a única que me atrai.

- sim, sim. descansar - revirei os olhos e pus a mao sobre os olhos. apesar de estar de oculos de sol, a luz incomodava.me. era o que dava apanhar uma bebedeira mas nao era isso que me ia fazer parar de beber. - obrigada por teres comprado a pilula

- Sim, isso mesmo, descansar - Voltei a referir, sorrindo. Depois de uma bebedeira daquelas e num dia como este, o melhor mesmo é descansar. Sorri ligeiramente ao ouvi-la agradecer - Não tens nada que agradecer, não me custou nada, Thea - Disse, acariciando o seu braço enquanto andávamos. Chegámos então ao cruzeiro e mostrámos os nossos cartões, entrando de seguida

olhei para ele a acariciar e sorri para nao parecer mal. respirei fundo e quando entramos para o cruzeiro, olhei.o - bem, eu vou para o meu camarote - disse.lhe, apontando para o corredor dos quartos

- Está bem.. Eu vou trabalhar.. Ainda tenho umas horas pela frente - Disse sorridente como de costume, dando-lhe um beijinho na face - Vemo-nos por aí. Descansa, sim? Alguma coisa já sabes - Afirmei, indo depois novamente para o restaurante

Uma das principais ideias deste cruzeiro para mim era ficar a conhecer sítios novos. Por essa mesma razão, tinha que aproveitar o maior número de paragens possível.
Andei pela Colonia, tirando fotografias a algumas coisas. Quando queria voltar para trás, para o cruzeiro, comecei a andar, dando por mim completamente perdida.
Engoli em seco, olhando em volta. Eu não sabia nada de alemão e...
Peguei no telemóvel, procurando números nos contactos. Tinha o de Ethan, mas ele depois ia começar a perguntar como é que eu tinha o número e...
Decidi ligar. Quer dizer, não gostava nada daquela sensação de estar completamente perdida. Esperei que me atendesse, quase implorando para que isso acontecesse.

Estava na praia quando recebi uma chamada de um numero que nao conhecia, olhei duas vez para o telemovel antes de atender. fiquei confuso quando percebi que era a pearl e me pedia para ir busca.la a um sitio porque estava perdida. ja tinha estado ali umas quantas vezes por isso conhecia relativamente bem aquilo. pedi.lhe algo que identificasse o lugar e disse que ia apenas deixar o erik no cruzeiro antes de ir ter com ela

Suspirei aliviada quando ele disse que me vinha buscar e sentei-me numas escadas. Um homem veio ter comigo e começou a falar alemão e a aproximar-se demasiado, fazendo com que eu me levantasse.
Tentei afastar-me mas aí ele levantou-se também e começou a aproximar-se de novo, começando a tocar-me nos braços e encostando-me à parede. 
- Pare! - resmunguei, sem saber se ele ia perceber ou não. - Pare! - repeti, mais alto. Porra, ninguém ouvia?!

Acabei por me rir um pouco e dei-lhe com a minha mão nos ombros dele a brincar, a minha mão que baloiçava junto do meu corpo tomou outro rumo e ficou presa à mão dele. Algo que sinceramente não me importei muito, alias nada. - Já comi, mas tenho espaço para mais. Para muito mais.- olhei-o nos olhos e deixei de estar muito atenta ao que se passava á minha volta pois estava concentrada na nossa conversa. - Isso de me quereres engordar é suspeito. E aviso desde já que vou pagar. - murmurei desviando o meu olhar para todas as pessoas e ouvindo algumas coisas. - Esta língua é demasiado bruta, nem um amo-te soa bem. - comentei o fato de estar à haver um pedido de casamento. Notava-se pela expressão da minha cara que eu achava aquilo uma foleirada autentica, suspirei e olhei para ele dando de ombros. - Enfim... - larguei um leve suspiro e agarrei mais a sua mão.- Vamos?- perguntei encarando-o.

Depois de deixar Erik com a babbysitter voltei a sair para ir a procura de pearl que andava perdida. com as descriçoes que me tinha dado, sabia perfeitamente onde ela estava e voltar ao navio nao era nada dificil para quem conhecia a zona. quando cheguei la, vi.a pedir por ajuda. um homem maior e mais velho que ela estava a agarra.la a força e a tentar abusar dela. fechei os punhos e corri ate ela, dando um soco no homem que caiu no chao - vá-se embora seu pedofilo - disse em alemao, abraçando.a