Room 311

-Isso é porque se calhar a pessoa não dá razões para o levantar - eu também sabia ser mau.

-Não querido, as minhas habilidades nem sequer são questionáveis. Se há aqui alguém que funciona mal és tu. - sorri cinicamente - Não levantas. - sussurrei-lhe ao ouvido.

-Isso é um desafio? Olha que aceito- puxei-a para o meu colo e mordi-lhe o pescoço - Mas depois não te queixes.

-Não é um desafio. É uma constatação. - quando dei por mim já estava naquele colinho. O meu primeiro instinto foi levar a mão aos caracóis dele e ainda bem que o fiz, pois assim tive algo para me agarrar quando ele me mordeu no pescoço - Eu disse que não era permitido tocares-me. - murmurei. Mexe-te Madison, impõe-te! Não te deixes anestesiar!!!

-Uma constação que tu já sabes que é mentira - disse, referindo-me à noite passada.
Sorri triunfante quando ela me agarrou no cabelo e continuei naquela zona - Eu nunca disse que ia obedecer.

-A tua constatação é ainda mais falsa que a minha. Não ficaste assim do nada. Alguém teve que ser. E não estava mais ninguém naquele quarto, logo eu fico com o crédito. - não sei como consegui falar tanto de uma vez. A única coisa que sei é que quando acabei de dizer tudo o que queria estava praticamente a arquejar - Tu nunca obedeces! É irritante! - rocei o nariz no ombro dele.

-Mas como é que tu queres que um homem levante sozinho? Tem de haver uma razão - mordi-a mais uma vez e sorri ao ver o estado dela -Eu sou assim, desobediente. - meti uma das minhas mãos debaixo da sua t-shirt.

-Então porque é que disseste que eu não te sabia levantar? Só para me irritar. Pena que não conseguiste. - contraí-me toda com os beijos dele, seguindo com a mão livre atrás da dele - Para. Aí não. - choraminguei contra o ombro dele.

-Claro, mas em vez disso, tenho-te toda excitada no meu colo - passei brevemente a língua pela pele dela e depois subi para a orelha, mordendo-a - Aí não, porquê? - perguntei baixinho. Eu sabia o que a minha voz lhe provocava.
A minha outra mão, foi até ao seu rabo.

-Não estou excitada. - sou tão teimosinha, coitadinha de mim. Apertei os caracóis dele na minha mão e impulsionei o corpo mais contra o dele - Para, Simon... Não fales assim comigo.... - a minha voz saiu quase sumida. Era incrível como a voz dele dava cabo de mim em três tempos. Se não estivesse no colo dele com ele a agarrar-me tão firmemente já tinha caído para o lado de certeza.

-Sim, claro -apertei-a ainda mais contra mim - Assim, como? - fiz-me de inocente e sorri obscenamente contra a sua orelha.
-Nós não podemos ficar aqui, os teus pais ainda aparecem - procurei os seus lábios e ameacei beijá-la, mas nunca o fazia.

-Assim! Dessa maneira! Vens do inferno ou quê? - estava cheia de calor, provavelmente com as bochechas todas vermelhas. Estava a tentar resistir mas tudo o que me apetecia fazer era tocar-lhe - Eu... - respirei fundo antes de continuar - Não posso sair daqui. - pensei que ele me fosse beijar mas não o fez - Tenho que ir jantar dentro de uma hora. - fui dizendo aos poucos - E vestir-me. - terminei - Precisas de me deixar vestir. - murmurei, descendo a mão que não estava no cabelo pelo corpo dele.

-Mas é a minha voz normal e devo de vir do inferno - mordisquei um dos lábios - Eu posso deixar-te completamente relaxada, sabes como? - perguntei ameçando avançar com as minhas mãos para campos minados - Vestes-te depois e eu até te ajudo.

-Não quero relaxar... estou bem assim. - mordi o lábio com força. Conseguia sentir o meu peito subir e descer cada vez mais depressa. Larguei-lhe o cabelo e o corpo e pousei as minhas mãos por cima das dele, olhando-o nos olhos - Quero-me vestir agora. - encostei a minha testa à dele por alguns segundos. De seguida afastei-me e tirei a t-shirt.

-Depois - contrariei e mordi o lábio quando ela tirou a t-shirt.
Não perdi mais tempo, deitei-a na cama e beijei-a -Se quiseres que eu pare, mas a sério, diz.

Protestei contra os lábios dele ao senti-los nos meus mas foi em vão, a boca dele era tentadora de mais e eu estava a morrer de vontade para o beijar desde aquela manhã - Não... podemos fazer sexo. - passei-lhe ambas as mãos pelas costas - Vestir. Roupa. - murmurei. Parecia uma maluca toda sedada.

-Ninguém disse que íamos fazer sexo - segurei-a antes que ela pensasse que eu não queria - Pelo menos, não agora. Deixa-te estar deitada e o mestre fazer o trabalho - comecei a descer os meus lábios pelo busto dela. Cheira-me que alguém vai ver um bocadinho de paraíso hoje.

-Isto parece-me sexo. - nem em sofrimento eu calava a boca um bocadinho, valha-me nossa senhora - Para, para, para. - agarrei-me com as duas mãos à colcha da cama - Eu... preciso de te beijar. - fiz força para a frente e rocei os lábios na testa dele como que a pedir para ele levantar a cabeça.

-Não é sexo - informei - É quase, mas ainda não é.
-Hum? Porquê? - perguntei quando ela me pediu para parar e ri-me quando ela me disse que me queria beijar, ou melhor, precisava - Rápido, porque os meus lábios vão ser precisos para outra coisa e os teus vão ser precisos para gritar o meu nome em alto e bom som - fiz-lhe a vontade e enquanto isso, consegui ver-me livre daquele soutien estúpido.

-Não faças perguntas. Faz o que eu te mando uma vez na vida! - atrevi-me a largar a colcha e agarrei-o no pescoço, obrigando-o a direcionar a boca para a minha. Beijei-o o mais demoradamente que pude e mesmo assim soube-me a pouco - Eu posso gritar o teu nome enquanto te beijo. - rondei os lábios dele com a minha língua e beijei-o outra vez quando ele me deixou entrar. Corei a meio do beijo. Tinha vergonha de ele me ver nua.

-Para o que eu vou fazer, não podes - disse a meio de um beijo.
-Não te tapes, eu gosto - disse referindo-me ao corpo dela. Desci a minha boca até aos seios dela e comecei a mordê-los levemente, passando a língua pelos mamilos, uma vez ou outra.
-Preciso que estejas quietinha para aproveitares tudo.

Levei uma mão até à sua parte íntima e massagei até ouvir qualquer coisa que revelasse que ela estava a gostar.

Assenti ao que ele me tinha dito. Deitei a cabeça na cama e fechei os olhos com força. Assim que senti a boca dele em mim senti-me capaz de morrer ali em cima da cama. Arqueei ligeiramente o corpo para ele. Só queria que ele continuasse com aquelas carícias e nunca mais parasse - Hum... - os meus lábios entreabriram-se para deixar sair um gemido quando ele me tocou na minha parte mais sensível.

-Ai faz isso outra vez - pedi, referindo-me ao gemido.
Puxei as suas cuecas para baixo e por pouco não as rasgava.
-Vou mover a minha boca mais para baixo, está bem? - avisei e comecei a distribuir beijos pela barriga dela.
-Prepara-te - disse e passei a minha língua pelo seu centro.

Sorri satisfeita. Era bom saber que os meus gemidos o deixavam a querer mais - Acalma-te, elas não têm culpa. - tentei brincar com a situação. Estava nervosa pelo que vinha a seguir e, ao mesmo tempo, mal podia esperar - Sim. - pressionei os meus lábios um contra o outro com todas as minhas forças - Hum... - voltei a gemer assim que senti a boca dele em mim. Eu sabia o que ele verdadeiramente queria ouvir, mas não lhe ia dar já esse prazer.

Continuei a fazer maravilhas com a minha boca e enquanto ela delirava, as minhas mãos agarravam as suas pernas, acariciando-as com os meus polegares enormes.
Fui fazendo oitos com a minha língua e levei uma das minhas mãos até ao seu clitóris, massajando-o levemente.