Room 307

- Já sabes isso? Agora vais saber sempre como me aliciar...
Mordi o lábio - Sempre, podemos ir agora.

- claro que sei amor, noto logo quando tu tens um conjunto favorito - sorri - ficas todo derretido a olhar para mim e hipnotizado - ri.me - mas eu tambem fico assim a olhar para ti - peguei na mala e na sua mao e sai do quarto

encerrado

Fomos até ao quarto mas antes passamos pela cozinha para ver se tinham o que me apetecia mas como suspeitava nao tinham. suspirei e acabei por agradecer, nao trazendo nada porque realmente so me apetecia o bacon com chocolate. - sabes que eu sei qual é a tua intençao em vir para o quarto - olhei.o - vi aquele teu sorriso perverso que ficas sempre que tens ideia de fazermos algo

- ainda bem que o viste porque não estás enganada.
Como poderia? Ela tinha-me provocado na piscina e agora... bom, agora era tempo de recuperar.

sorri e aproximei.me dele, abraçando.o - claro que nao estou enganada, ja te conheço demasiado bem - beijei.o e no meio de tantas caricias, beijos e palavras acabamos por fazer o inevitavel na cama, no sofá, na casa de banho, foi ate estarmos os dois estafados e cairmos na cama, adormecendo entrelaçada nele. os dias foram passados e cada vez me sentia mais estranha, tinha subitos interesses por comidas estranhas ou entao acessos de vomitos por causa do cheiro de algo - mac - chamei.o da cama. sentia.me tonta e mesmo nada bem mas mesmo assim nao iria dizer nada para ele nao se preocupar - queres fazer o que ? - perguntei tapando.me por causa do meu corpo nu

Eu ainda estava na cama, tapado apenas com um lençol. Olhei-a com entusiasmo. Tínhamos começado a manhã mesmo bem... - Não sei... podemos ir finalmente tratar das nossas tatuagens. Falei com umas pessoas e indicaram-me que há um tatuador aqui no barco, que faz trabalhos ocasionais. O que achas?

- acho uma ideia fantástica - sorri e fiz sinal para ele se aproximar de mim para o beijar - vamos mesmo fazer uma tatuagem a combinar ou cada um vai fazer a sua ? - perguntei enquanto me sentava vagarosamente de olhos fechados

Acabei por me levantar e vestir, já que íamos tratar daquilo.
- Não sei, o que é que achas melhor? Eu já tenho alguma coisa em mente.

- e o que é que tens em mente ? - perguntei enquanto me levantava vagarosamente e vestia um conjunto simples. nao tinha vontade de me arranjar e as tonturas nao ajudavam. apoiei.me na mesinha de cabeceira e respirei fundo

- ainda é uma ideia em construção, verás depois - estava mais distraído mas mesmo assim reparei nela - estás um bocadinho pálida, amor.

- hmm ? - perguntei, olhando para ele - amor eu sou branquinha, nao estou palida - sorri enquanto respirava fundo, tentando parecer normal

Aproximei-me e abanei a cabeça - acredita, eu sei reconhecer a diferença. estás pálida - o que, ultimamente, não era novidade.

- está tudo bem meu amor, nao te preocupes - beijei os seus labios e abracei.o para me apoiar nele - vamos la fazer as nossas tatuagens ? - perguntei, sorrindo

Ia ficar de olho nela nos próximos tempos, só para ver se ela estava bem ou não. - sim, vamos lá.

sorri e encostei.me ao seu ombro enquanto saiamos do quarto. estava a fazer um grande esforço para me manter em pé, hoje sentia.me pior que nos outros dias e só me sentia doente de a duas semanas para tras - conta.me qual e a tua ideia - pedi

- a minha ideia? bom, resume-se em tatuar o teu nome - ri-me. essa era a ideia chave - mas emoldurada numa seta.  

- hmm e para mim era o contrario ? - perguntei, segurando com força na sua camisola quando senti uma tontura mais grave - mac.. - chamei enquanto respirava fundo - eu.. nao.. nao estou a sentir nada bem - disse enquanto tudo se apagava e caia no chao

- sim, era isso - respondi a rir.
Sentia-a ficar fraca e queria segurá-la mas fui a tempo por um triz, ela ia caindo redonda no chão - Aqua? Amor! - mas que raios? Peguei nela ao colo e quase corri ate à enfermaria.

encerrado.

Abri a porta do nosso camarote e entrámos - tens de parar de pedir desculpa - relembrei. Ela não tivera culpa de nada.

suspirei e puxei.o para mim quando entramos no quarto - quero.me aconchegar a ti enquanto vimos um filme - disse num tom mimado - quero que me mexas no cabelo e me aqueças debaixo dos lençois da nossa cama. sinto.me carente, tou num misto de emoçoes e sinto.me como se pudesse chorar o oceano pacifico inteiro - admiti

- não te quero ver chorar... sinto sempre um aperto no coração quando o fazes - confessei, beijando o topo da sua cabeça. Abri os lençóis e puxei-os para trás. Agarrei no comando da televisão. - está na hora de seres mimada.

- tenho as emoçoes a flor da pele, qualquer coisa me faz sentir vontade de chorar. no outro dia na piscina quando disseste que nao serviam bacon com chocolate e isso era estranho fiquei triste. estava mesmo a apetecer.me aquilo e quando ficaste com ciumes.. nao gosto.. ficas com um tom de voz zangado - suspirei e despi.me, ficando apenas em lingerie e deitei.me enquanto esperava por ele

- tenho de te arranjar bacon com chocolate - ri-me, lembrando-me daquele seu pedido estranho. Algum dia teria de lhe dizer uma das razões pela qual estava naquele barco, para me acalmar porque tinha um espírito algo violento. Aquele não era, contudo, o momento.
Fiquei de t-shirt e boxers e deitei-me ao lado dela, abraçando-a. - nunca estou zangado contigo, sabes isso, nao sabes?

- eu sei amor mas nao gosto - cheguei.me para ele e obriguei.o a despir a camisola. depois de o ter despido ai sim, aconcheguei.me ao seu peito enquanto passava um braço por cima da sua barriga - ficas de mau humor e não é preciso porque eu agora ainda estou mais presa a ti do que estava - sorri e encaixei a minha testa na curva do seu pescoço

Eu sabia. Mas não evitava ficar com ciúmes. Era algo natural. Teria de fazer alguma coisa a esse respeito para a chatear menos - eu sei - coloquei o meu braço em torno dela, para a manter mais junta a mim.