Bar/ Pub

Fiz um sorriso cínico quando me virou o pouco conteúdo que tinha no copo.
- Deves ser podre de rica para desperdiçares uma bebida com quem te irrita.
Pedi outra bebida e afastei-lhe a camisola na parte de cima, virando o conteúdo lá para dentro.
- Ups. - disse cinicamente, afastando-me dela dois passos e rindo-me.

Abanei a cabeça quando ele disse aquilo de desperdiçar a bebida e revirei os olhos.
- Eu não acredito... - murmurei quando ele virou uma bebida dentro da minha camisola. Meti a mão sobre a mesma e "esfreguei" fazendo apenas com que aquilo se alastrasse mais. - Vou-te matar estúpido! - resmunguei olhando para ele.

Ri-me e abanei a cabeça.
- Acredita, acredita. É que já está feito. - pisquei-lhe o olho.
Observei-a a tentar limpar os estragos que eu fizera, passando a mão em cima da camisola; mordi o lábio ao notar o seu corpo, visto ter-se quase transformado numa miss t-shirt molhada.
- Anda matar-me então. - disse com um sorriso provocador.

Revirei os olhos e só me apetecia começar ali a bater-lhe, estúpido, irritante. Mordi o interior da bochecha tentando acalmar-me, sentia a minha camisola toda colada ao meu corpo.
Olhei-o e semicerrei os olhos. - E vou, deves pensar que tenho medo de ti. - resmunguei.

Ri-me ao vê-la toda irritada e comecei a caminhar calmamente para longe dela.
- Podes vir matar-me, estou à espera. - gozei e saí do bar, começando a percorrer os corredores, sabendo que ela me seguiria.

Fiquei a olhá-lo quando começou a afastar-se de mim. É que nem pensasse que aquilo ia ficar assim.
- Tu vais ver. - abanei a cabeça e comecei a segui-lo empurrando para o lado as pessoas que se iam metendo pelo meu caminho. Não tardou a que saisse do bar, continuei sempre atrás dele tentando não o perder de vista.

Depois do sucedido, no camarote da Thea, saí sem grandes demoras. Ainda fui ao meu quarto, tomar um banho relaxante. Não me apetecia fazer mais nada, estava totalmente frustrado. É horrivelmente frustrante. Atirei-me à cama e adormeci.
E dias passaram. Não procurei por ela, nem ela por mim. Era novamente uma das minhas folgas. Vesti algo simples e confortável. Fui depois para o bar. Pedi uma bebida forte, e comecei a beber. É a minha maneira de me fazer esquecer de tudo e todos. Uma bebedeira, daquelas fortes. Sim, porque eu ainda não esqueci. Apenas finjo que sim, mas na realidade, não.

Depois do que se tinha passado com Roy nunca mais saira do camarote sobria, era rara a hora que nao estava bebeda e o mesmo acontecia naquele momento. tinha de ir ao bar para beber porque o serviço de quarto nao me levava mais bebidas por hoje. vesti a primeira coisa que me apareceu a mao e fui ate la entre trambolhoes, pedindo a garrafa diretamente, nao o copo

Quando me recostei na cadeira e fui para beber novamente, vi Thea. Suspirei pesadamente e desviei o olhar. Não, não vou lá. Não vou dar a parte fraca, nem pensar. Bebi mais um bocado e terminei rapidamente a minha bebida. Certamente que ia pedir outra dentro de instantes.

fui.me sentar num puff com a garrafa e fui bebendo a garrafa em grandes goles, ignorando tudo e todos a minha volta. os rapazes bem tentavam aproximar.se e meter conversa mas eu nao estava nada interessada por isso apenas os mandava embora

Aquela vontade de ir ter com ela, perguntar-lhe se tem estado bem... Mas para quê? Vê-se à distância que está para lá de bêbada. E mesmo que não estivesse, o resultado ia ser o mesmo: mandar-me-ia embora, num tom ligeiramente rude. Ou rude mesmo, sem pitada de ligeireza. Suspirei e quando fui para pedir outra bebida, percebi que um gajo qualquer se estava a fazer a ela, à força toda, mesmo com ela a mandá-lo afastar-se. Pousei o copo na mesa e levantei-me, indo ter com eles. Peguei o gajo pela t-shirt e afastei-o dela - Não ouves bem? Não percebes o que ela te está a dizer? A rapariga já não te disse para te ires embora? - Perguntei-lhe rudemente, olhando-o seriamente nos olhos.

fiquei surpreendida quando o vi a agarrar o rapaz pelo pescoço mas tambem nao me mexi. o rapaz foi.se embora chateado e eu suspirei - obrigada - agradeci num tom baixo sem o encarar. voltei a verter o liquido da garrafa para a minha boca

- Isso, vai. E não voltes, de preferência - Disse para o gajo assim que me virou costas e começou a andar, todo indignado com o sucedido. Olhei Thea pelo canto do olho assim que a ouvi a agradecer - De nada.. - Apenas disse, fazendo depois sinal ao empregado para me trazer outra bebida. Sentei-me ali por perto enquanto esperava, sem olhar para ela.

suspirei e olhei.o - desculpa - disse, desviando o olhar dele - ter gritado contigo. nao o devia ter feito - engoli em seco e voltei a minha bebida. admitir aquilo custava mas talvez tivesse sido o melhor a fazer, ao menos ele afastou.se e ja nao se magoa mais

Olhei-a pelo canto do olho ao ouvi-la a pedir desculpa. Suspirei e quando ia para falar, vi o empregado a aproximar-se. Endireitei-me e assim que ele chegou agradeci, e bebi um pouco. Pousei o copo e fiquei a olhar para o mesmo - Não faz mal. Estás desculpada - Disse apenas, voltando a beber mais um bocado

 - ainda bem - disse e calei.me, voltando a minha bebida. nao havia mais nada a dizer ou a fazer. olhei para a minha garrafa vazia e mandei o empregado trazer.me outra por abrir. deilhe o cartao e mandei.o ter.me abastecida ate ir embora

Assenti e voltei a beber o resto, pousando rapidamente o copo na mesa. Já nem me apetecia beber mais. Suspirei e olhei-a - Como tens estado?

encolhi os ombros a sua pergunta - entorpecida - respondi sem saber muito bem o que lhe responder. meter conversa depois de confusao nao era uma das minhas qualidades

- Hmm, estou a ver. E as mãos? Trataste dos cortes? - Perguntei, tentando parecer pouco interessado nisso. Era extremamente difícil fingir que não me preocupava com ela. Suspirei e esperei pela sua resposta

levantei uma das maos para ele as ver - curaram.se com o passar dos dias - encolhi os ombros. aquilo eram cortezinhos de nada. passados alguns minutos tavam fechados e ao fim de dois dias ou tres ja so se viam as marcas e pequenas crostas

- Ainda bem - Disse logo de seguida, olhando as suas mãos. O que interessa é que esteja bem. Não sabia o que mais dizer. Ou melhor, achava melhor não dizer mais nada. Para que é que me servia dizer alguma coisa? Não vale a pena

encolhi os ombros e ajeitei.me naquele pequeno puff, agarrando a garrafa contra mim, ja ia a meio quando olhei para ela. ou ela era pequena demais ou eu estava a beber demasiado rapido. suspirei e bebi a outra metade de penalti, levantando depois a garrafa vazia ao empregado

Abanei a cabeça ao vê-la pedir mais uma garrafa. Afastei o copo e levantei-me dali, indo depois para o balão. Paguei a segunda bebida e depois voltei para perto dela - Bem, eu acho que vou embora - Afirmei alto para que me ouvisse, dando um passo atrás

- roy.. foi bom ver.te - disse ao ve.lo afastar.se. sorri leveente e baixei o olhar, olhando para o nome da minha garrafa. ja tava tao bebeda, ja tava bebeda a tantos dias que acho que as bebidas ja nao faziam efeito

- Digo o mesmo de ti, Thea.. - Retorqui, suspirando de seguida. É pena não estares bem a cem por cento, é pena não estares sóbria, é pena.. O que é que é uma pena? Eu não ter valor nenhum para ela? Respirei fundo e virei-lhe costas, mas fiquei ali mais uns instantes. Na verdade eu não queria ir