Room 205

-Mas eu só te pedi para não revirares os olhos! Não te pedi propriamente para correres por aí todo nu. - resmunguei - Porquê? Eu gosto dele. - fiz beicinho. Colei-me a ele e o tiro saiu-me pela culatra quando ele se virou de frente - Solly. - afastei-me.

-Isso era capaz de fazer!
-Porque sim, é preciso ter razões? - perguntei com ar gozão.
-Estás a pedir desculpa, porquê?

-Quer dizer, parares de revirar os olhos não queres mas armares-te em badalhoco já fazias de bom grado! - olhei-o com um olhar fulminante - Sim, tens! Eu estava a divertir-me. - agarrei num frasco que parecia ser o do gel e deitei um bocado para a mão - Porque não o quero despertar. - apontei para baixo - Ainda agora foi dormir.

-Mas isso eu sou sempre - fiz uma olhar inocente.
-Não mexas no meu rabo ou acordas o amigo e tu não queres isso - resmunguei e passei um dedo, sem querer, por um mamilo dela, para lhe tirar o gel da mão.

-Sim, já reparei. - revirei os olhos. Arregalei-os quando ele passou um dedo pelo meu mamilo, fazendo-o arrebitar-se logo - E se não me queres acordar a mim não me toques nos mamilos! - ralhei. Comecei a esfregar o gel pelo corpo.

-Foi sem querer!!! - desculpei-me logo e fiz uma careta.
-Se quiseres ajuda - sugeri enquanto ela passava gel pelo corpo.

-Hum, não sei se acredito. - semicerrei os olhos. Sorri assim que ele sugeriu, como se nada fosse, ajudar-me - Sim. - respondi, dando um passo na direção dele.

-E foi! Se não fosse sem querer, eu estava com cara de porco.
Um sorriso formou-se na minha cara assim que ela deu um passo em frente.
Tirei alguns cabelos da cara dela e espalhei bem o gel pelo seu corpo, começando pelos braços, descendo pelas linhas da cintura.

-Tu estás sempre com cara de porco, Simon. - dei uma gargalhada. Fiquei muito quietinha enquanto ele me lavava. Mantive o olhar fixado na cara dele e pensei em baldes de gelo porque por mais que me controlasse aquilo parecia-me dez mil vezes mais erótico do que devia.

-Mas é a minha cara normal - resmunguei.
Virei-a ao contrário e encostei-a a mim. Esfreguei a sua barriga e desci pelas suas pernas. Enterrei a minha cabeça nos seus cabelos e fechei os olhos, enquanto as minhas mãos faziam o trabalho todo.

-Nasceste com cara de porco então. - ri baixinho. Contive a respiração, sem me aperceber disso, quando ele me virou de costas para ele e encostou o corpo ao meu. Deixei o ar sair e fechei os olhos - Isso sabe mesmo bem. - murmurei.

-Sabe? - disse contra a sua cabeça - Então vou continuar
Dei-lhe um pequeno beijo na parte de trás do pescoço e depois virei-a de frente para mim.
-Olá - pisquei-lhe olho e encostei-a de novo a mim, mas não tão junto a mim, por causa do canhão. Massajei as costas dela, como que a abraçar e desci até ao rabo dela - Afinal não é só o meu que é fofo.

Arrepiei-me com o beijinho dele, abrindo os olhos ao sentir que ele me tinha mudado de posição. Sorri quando ele me piscou o olho e encostei a cabeça ao peito dele. Fechei os olhos de novo, ficando atenta ao batimento do coração dele - Ele gosta das tuas mãos. - disse baixinho. Parecia que ele me tinha anestesiado.

-As minhas mãos também gostam muito dele - voltei a apertar o rabo.
Aproximei a minha boca do ombro dela e beijei-o lentamente, subindo gradualmente para o pescoço, enquanto as minhas mãos ainda massajavam a pele dela.

-E o meu corpo gosta dos teus lábios. - a voz saiu-me quase sumida. Até agora as minhas mãos tinham estado caídas ao lado do corpo mas, naquele momento, levantei-as para o corpo de Simon. Percorri o peito dele até à zona abdominal muito devagarinho, parando a meio do caminho quando os beijos dele mo obrigavam a fazê-lo.

-Fixe - continuei a beijar o corpo dela e coloquei-nos debaixo do chuveiro outra vez.
Só estás a fazer asneira, Simon. Ela vai-se apaixonar por ti e tu vais magoá-la.

-O teu corpo gosta de mim? - perguntei mesmo antes de ele nos levar para baixo do chuveiro. Ao princípio arrepiei-me com a água quente em contacto com a minha pele mas depois acabei por me habituar e, a água, juntamente com os beijos de Simon, era uma espécie de paraíso.

-Ahh, eu acho que sim - estranhei a pergunta mas respondi de qualquer das formas.
Mudei o lado do pescoço que estava a beijar e inconscientemente beijei-a.

Fui apanhada de surpresa pelos lábios dele, pois esperava que me beijasse do outro lado do pescoço. A meio do beijo acariciei-lhe a parte de trás do pescoço, brincando com um dos caracóis molhados. O que é que está a acontecer? Porque é que eu sinto a necessidade de o beijar?

Agarrei-a pela cintura com uma mão e aprofundei o beijo por uns momentos.
-Temos de sair daqui, vais apanhar frio - disse entre beijos, mas não fiz um mínimo esforço para me mover.
Agarrei-a com a outra mão e assim tornava-se impossível de ela sair.

-Depois. - respondi, tal como ele, a meio de um dos beijos. Pus-me em bicos de pés para chegar mais facilmente à boca dele sem que ele tivesse que estar que todo dobrado para chegar a mim. Simon agarrou-me com as duas mãos, provavelmente para me prender, mas eu também não planeava sair dali não conseguia. Senti arrepios pelo corpo todo, desta vez apenas por causa dele mas também pelo frio. Voltei a abrir o chuveiro na água quente e dei um passo em frente, empurrando-o para trás, para debaixo da água.

Peguei nela ao colo, para que nem ela se esticasse nem eu me curvase.
Havia o senão de o canhão poder acordar a qualquer momento e seria um problema naquele momento. Ou talvez não.
Senti água quente a bater na minha pele outra vez, ela tinha aberto o chuveiro de novo.
-Madison, temos de sair, água...quente...acabar.

Enrolei as pernas à volta do corpo dele, continuando a beijá-lo. Não queria parar e percebi que ele também não pela maneira como falou comigo aos bocadinhos, sem nunca largar os meus lábios. Fechei a água e saltei para o chão. Espremi o cabelo e saí da banheira. Esperei que ele saísse também e sentei-me na bancada da casa de banho, puxando-o para o meio das minhas pernas. Estávamos todos molhados e a pingar tudo mas eu não me podia importar menos - Eu limpo depois. - disse ainda meio sem ar daqueles beijos todos antes colar os lábios aos dele outra vez.

Observei-a quando saiu da banheira e mordi o lábio. Saí também e abanei a cabeça.
-Não importa.
Fiquei entre o meio das pernas dela e voltei a beijá-la.
-Vamos para o quarto.

Beijei-o como se não o fizesse há anos e saltei para chão mais uma vez, mas desta vez sem descolar os lábios dos dele por um segundo que fosse. Empurrei-o para trás enquanto o beijava, tateando com as mãos para ter a certeza que não nos aleijávamos. Ri-me baixinho quando ele bateu com as costas na porta. Procurei a maçaneta às cegas, pois tinha os olhos fechados e estava demasiado embrenhada no beijo para os abrir. Abri a porta e continuei a empurrá-lo até chegarmos à cama. Quando isso aconteceu, deitei-o e deitei-me por cima dele.