Room 205

Finalmente tinha chegado ao Timelesscruise e estava com poucas expectativas. Ia ganhar dinheiro, claro e isso é fixe. Já estava na hora de sair de casa e dar privacidade ao meu pai e à minha madastra.
Cheguei de manhã, por isso só tive tempo de poisar as malas e ir imediatamente para o trabalho, que sinceramente, era o melhor trabalho dentro do navio (tirando o de stripper, mas achei melhor não me enfiar nessas coisas), nadador-salvador.

Depois de ter acabado o meu turno, fui para o quarto descansar um bocado. E depois fui tomar banho. Vesti umas calças de ganga, calcei as minhas converse brancas e vesti uma t-shirt preta.

Lutei contra ele quando me voltou a puxar-me mas não tive forças suficiente. Arregalei os olhos ao aperceber-me do que se estava prestes a passar e mais uma vez não consegui impedi-lo. Não demorei a sentir os lábios dele esmagados contra os meus. Arregalei os olhos, ficando outra vez com vontade de o matar quando ouvi o que disse. Mas ele pensava que eu era o quê? Uma puta? A puta aqui era ele pelos vistos! Corri atrás dele com as sandálias na mão, parando quando cheguei ao camarote dele. Entrei por ali a dentro disparada e fechei a porta atrás de mim - TÁS CHALADO?

Entrei no meu camarote e comecei-me a despir, ficando só em boxers.
Estava prestes a abrir o meu computador quando a porta abre de rompante e a Madison entra sem mais nem menos a gritar comigo.
-Hein? Mas quem é que te deu autorização para entrares aqui?

-EU NÃO PRECISO DE AUTORIZAÇÃO! EU ENTRO ONDE EU QUISER! - deixei as sandálias cair no chão assim que reparei que ele estava só de boxers. Já o tinha visto de calções de banho mas assim era diferente. Os boxers tão apertadinhos.... - Mas tu estás parvo ou quê? Beijas-me e depois vais-te embora? Deves achar que eu sou as outras! - voltei a atacar - MAS NÃO SOU!!! SOU TUDO MENOS AS OUTRAS!!! - gritei-lhe na cara.

-É o meu quarto - respondi calmamente.
Não ia estar a negar que não me metia com quase tudo o que se mexia. Note-se o quase tudo. Mas, mesmo assim não ia a qualquer uma. Além disso, a Madison era de tudo menos igual às gajas com quem eu me "divertia". Andei para a frente, fazendo-a encostar-se à parede. Apoiei-me com as duas mãos na parede, fazendo-a minha "prisioneira".
-Alguma vez te disse que eras como as outras? - perguntei baixinho.

-AI É O TEU QUARTO? GUESS WHAT? NÃO ME INTERESSA! - recuei para trás à medida que ele se vinha aproximando cada vez mais de mim. Dei um salto quando embati na parede e olhei-o de olhos arregalados. Tentei mexer-me e sair dali para conseguir pensar como deve ser mas ele adiantou-se e prendeu-me as mãos - N...não. - respondi 10 mil vezes mais calma. Não admira, com a nossa proximidade e aquela voz dos deuses era difícil - Mas parece que é o que achas. - tentei não fixar o meu olhar nele. Iria ser pior para mim. Em vez disso, olhei um ponto fixo no outro lado do quarto.

-Nem tudo o que parece é, Madison - demorei a dizer o nome dela e encostei-me a ela. O meu tronco estava encostada ao dela e tive muito cuidado para não encostar a minha zona sensível ou ela ia logo fugir dali e sinceramente não queria muito que ela fosse logo embora - Porque é que estás tão nervosa? - Eu sabia muito bem o porquê, mas queria que ela dissesse em voz alta.

-Essa frase só é válida às vezes, Simon. - disse também o nome dele muito lentamente, carregando no sotaque. Fiz pressão com as costas contra a parede quando o tronco nu dele embateu em mim - Eu não estou nervosa. - menti descaradamente. Sabia que ele não ia acreditar, o meu nervosismo devia-se ver em Espanha. Engoli em seco e baixei o olhar - Podes largar-me? Tenho que ir para a cama.

-Às vezes - repeti e não desprendi o olhar dela - Nota-se - mandei um risada baixinha - Se é isso que queres, okay, eu largo-te - e assim o fiz, mas não me afastei nem um mílimetro dela, se ela quisesse, que me empurrasse.

-Para de te rires de mim. - dei-lhe uma chapadinha na cara assim que ele me largou. Quando eu lhe pedi para me largar quis também dizer afastar-se... Não era estar em cima de mim que nem um bolo cheio de creme pronto a ser todo lambido. Ai Madison, se não paras com esses pensamentos não vais a lado nenhum. Pus as duas mãos no peito dele e, em vez de empurrar, o meu estúpido cérebro fê-las descer por todo o seu tronco. Oh não, chega, chega, chega!

-Okay, parei - desta vez dei-lhe um sorriso completo e esperei que ela me fosse empurrar, quando levantou as mãos para mas meter no peito, mas em vez disso, deixou-as escorregar pelo meu corpo. Arrepiei-me ligeiramente com o toque, mas não me movi dali - Gostas?- perguntei.

Levantei imediatamente o olhar para ele ao ouvir a pergunta que me fez. Não sabia o que responder. A resposta era óbvia e eu ainda assim não sabia o que dizer! - Não. - mordi o lábio. Parei quando cheguei à cintura e apertei-o nas minhas mãos, fechando os olhos. What the actual fuck? Parece que estou prestes a ter um orgasmo! SÓ DE LHE TOCAR! Subi de novo as mãos muito lentamente pelo corpo dele acima e abri os olhos, entreabrindo os lábios para conseguir respirar melhor. Estava a ficar difícil.

-Mentirosa - ri-me e aproximei a minha cara da dela, mas em vez de me direccionar para os lábios, fui até ao seu pescoço e rocei os meus lábios por lá, respirando para cima do mesmo - As tuas mãos estão-se a divertir - murmurei enquanto ela apertava a minha cintura.

-Não sou. - contrariei. Subi uma mão para o pescoço dele assim que senti os lábios dele roçarem em mim, empurrando-o mais para mim. Com a outra mão continuei a explorá-lo, tocando cada músculo muito demoradamente. Ignorei o que ele disse sobre as minhas mãos, nem sequer tinha forças para responder - Afasta-te de mim, por favor. - pedi.

-Tu dizes uma coisa, mas no entanto ainda me puxas mais para perto de ti, não te percebo - murmurei outra vez e continuei a brincar com o pescoço dela. Fui espalhando beijos até que ela me pediu para me afastar - Tens a certeza? - neste momento as minhas mãos, já andavam a rondar a cintura e as pernas dela.

-Não consigo pensar... - enterrei a mão nos caracóis dele e encostei a boca ao ombro dele. Conseguia sentir o cheirinho maravilhoso dele - Direito. - terminei a frase de forma um pouco abafada devido ao facto de ter a boca contra ele - Sim... - NÃO! Pendi a cabeça contra a parede quando senti as mãos dele em mim.

Estiquei um braço e fechei a porta.
-Resposta errada - disse e aproveitei o facto de ela ter encostado a cabeça à parede, para passar a minha língua pelo pescoço dela - Eu não acho que tu queiras que eu pare e nem eu quero parar. - procurei o fecho do vestido dela, mas estava a ter dificuldades.

-Porquê resposta errada? - perguntei a custo. Enterrei ainda mais a mão no cabelo dele. As minhas pernas começavam também a ceder. Ainda bem que estava tão perto dele, assim não caía. Ou ainda mal - Simon. - chamei baixinho assim que as mãos dele começaram a rondar o fecho do meu vestido - Eu tenho que ir para a cama. - tinha a boca mais seca que sei lá o quê, era-me cada vez mais difícil falar.

-Porque sim - eu próprio já nem sabia o que estava a dizer e estava a gostar imenso das mãos dela no meu cabelo - Sim? - finalmente consegui encontrar o fecho e puxei-o para baixo - Eu tenho aqui uma cama - rocei os meus lábios desde o pescoço dela até à sua boca.

-Eu quis dizer a minha cama. - com a mão que não estava no cabelo dele fiz pressão no corpo dele, voltando a apertá-lo - Não me dispas. Ainda nem me beijaste como deve ser. - como que se tivesse acabado de me ler o pensamento ele roçou os lábios desde o meu pescoço até à boca - Leva-me para a minha cama. - pedi, a minha voz com um tom desesperado.

-Beijo agora - murmurei e assim o fiz - Não sei onde é a tua cama - desculpei-me e continuei a despi-la - Além disso, não posso sair daqui neste estado - disse referindo-me ao meu canhão.

Estremeci ao sentir os lábios dele por completo contra os meus e a língua dele entrar em mim. Desta vez foi um beijo maior, que me deixou por completo "prová-lo". Era tão bom. Melhor que o bolo que tinha comido naquela tarde. Ele era o meu bolo andante. Quando acordei para a vida, depois de quase ter morrido com o beijo notei que o meu vestido estava no chão e as mãos enormes e quentes dele em contacto com o meu corpo - Então vamos dormir. - dei-lhe beijos muito rápidos no maxilar - Por favor, por favor, por favor.

O vestido dela já estava no chão e as minhas mãos não conseguiam descolar-se do corpo dela. Simon, que é que estás a fazer? Tu não dormes com elas! Nem com eles caso estejam confusos. Mas... há sempre uma primeira vez para tudo. Talvez ela se fartasse e se fosse logo embora, sim, podia ser isso.
-Tens a certeza que queres dormir? É que eu não consigo. - afastei-me por uns breves momentos.