Room 304

- eu nao preciso de sair do cruzeiro, so preciso de ir ate um rapaz. tu caiste nos meus encantos, nao caiste ? - sorri - agora sai da frente ou eu grito e vao todos pensar que me estas a fazer mal - voltei ao meu estado serio - sai da frente roy

- Tu não vais a lado nenhum. Tu não precisas de álcool para nada. Estás dependente disso e isso está-te a destruir a vida. Tu não estás a viver a vida como dizes, estás a dar cabo dela - Afirmei num tom igualmente sério e algo rude, sem sair da sua frente

 - sai da frente roy - gritei, tentando empurra-lo - a vida e minha, se eu quiser eu destruto.a e nao es tu nem ninguem que me vai impedir, agora sai da frente - mandei

- Era isto que o teu pai queria que fizesses da tua vida? Que a destruísses com álcool? Não me parece. Mas tal como tu dizes, a vida é tua. Portanto faz a merda que tu quiseres com ela, porque eu Roy Harper, vou sair desta porta agora mesmo e acredita que nunca mais vou voltar. Já chega, para mim já chega. Vai lá enfrascar-te e mata-te mais um bocadinho, se essa merda te faz assim tão feliz da vida. FUI - Disse-lhe alto, empurrando-a. Abri a porta e fechei a mesma com toda a força depois de sair

 - tu nao tens o direito de chamar o meu pai a conversa - gritei de dentro do quarto - tu nao tens esse direito - bati com os punhos na porta - vai.te embora e nunca mais voltes, eu odeio.te. odeio.te - gritei alto, escorregando pela porta ate ficar sentada no chao, começando a chorar.

Quando acordei, percebi que ela já lá não estava. Espero bem que ela tenha apenas ido para o seu camarote descansar, senão não sei o que me faço. Fui rapidamente à casa de banho lavar a cara, e olhei-me ao espelho. É melhor tomar um duche rápido. Depois do duche e de estar devidamente vestido, fui então para o seu camarote. Bati à porta mas não obtive resposta. Ou está a dormir, ou não está aqui. Suspirei e esperei um pouco. Como não aguentava mais aquela espera, abri lentamente a porta e suspirei de alívio ao vê-la dormir. Entrei e fechei cuidadosamente a porta, aproximando-me depois dela, o mais silenciosamente possível.

Toda aquela discussao com ele tinha.me deixado exausta. eu parecia uma drogada sem a sua droga. tinha comichoes, suores frios mas estava a tentar ficar sobria porque nao queria que culpassem o alcool pelo que ia fazer. eu tinha plena consciencia do que queria apesar do roy me tentar impedir

Assim que me aproximei dela, vi que tinha uns comprimidos na mão. O quê? Não pode ser - Thea..? - Chamei baixinho com receio que já tivesse tomado alguma coisa. Coloquei o dedo indicador na horizontal perto das suas narinas para ver se ainda respirava. Suspirei de alívio ao perceber que sim. Sentei-me melhor ao seu lado e deixei-me ali estar a vê-la dormir

 -hm roy ? - abri ligeiramente e escondi a mao que tinha a caixa dos comprimidos - quando e que entraste ? - perguntei. nao tinha dado pela sua entrada, so agora que me tinha chamado. - como ves tou viva - sentei.me na cama

Vi-a a esconder a mão com os comprimidos e suspirei - Para que eram esses comprimidos? Escusas de os estar a esconder, eu vi-os.. - Afirmei, olhando-a - Não estou aqui à muito tempo.. Cheguei à dois ou três minutos

engoli em seco e revirei os olhos - e exatamente para o que pensavas, nao tenho nada a esconder. nao vou mentir - atirei os comprimidos para o outro lado do quarto - ainda estou viva

- Tu prometeste que não o farias, e ias fazê-lo.. - Afirmei baixinho, vendo-a depois atirá-los. Olhei para ela e sorri ligeiramente - Pois estás, e eu fico feliz por estares.. - Confessei

- sim, eu sei que ficas feliz comigo viva - suspirei e liguei a televisao - ja viste que estou viva, a hora do babbysitter acabou. nao tens de ir trabalhar ?

Suspirei ao ver que ela não estava assim tão feliz como eu estava. Sentei-me melhor na cama e olhei a televisão por instantes - Não.. Hoje não

- hoje nao porque ? - arqueei a sobrancelha, olhando.o - que eu saiba trabalhas todos os dias a hora de almoço e a hora de jantar. o que é que mudou ?

- Estou de folga.. - Murmurei apenas sem a olhar. Recostei-me na cama e pus-me a olhar para a televisão, mas na verdade não estava a tomar atenção nenhuma ao que estava a dar

 - entao vais passar o resto do dia a fazer de babbysitter é isso ? - perguntei, cruzando os braços ao peito - nao sei se ainda nao entendeste mas eu tou viva, estou bem. ate tive a dormir ve la

- Não é preciso estares a ser assim comigo.. Eu estou só preocupado, mais nada. Queres-te ver livre de mim, é isso? - Perguntei

- nao sejas parvo - revirei os olhos e olhei para ele - apenas nao gosto de estar a ser vigiada. tenho 21 anos nem a minha irma toma conta de mim - encolhi os ombros

- Não te estou a vigiar.. Estou apenas contigo porque gosto e quero estar contigo, só isso.. - E também te estou a vigiar, um bocadinho.. Suspirei e mordi o lábio

- claro que estas a vigiar - revirei os olhos - e eu nao gosto disso, nao gosto mesmo nada - olhei.o e esperei uma reaçao sua - se e assim que me queres conquistar deixa.me dizer que nao vais la

 

- Pronto, já percebi a ideia.. Eu posso ir embora se quiseres.. Só tenho medo, nada mais. É por isso que quero estar sempre por perto - Afirmei sincero, olhando-a depois

 - queres estar de vigia, e isso. ver se eu realmente cumpro o que prometi, nao e ? - revirei os olhos - queres ficar comigo, dizes que me amas mas nao confias em mim e a base de uma relaçao e a confiança

- Eu amo-te e confio em ti. Simplesmente tenho demasiado medo de te perder, é só isso. Não o fiz por mal. Mas eu vou embora então.. - Afirmei, levantando-me calmamente

 - fodasse faz.te um homem roy,ao menos quando eras frio tomavas o controlo - abanei a cabeça. nem um beijo era capaz de me dar, tinha chegado e ficado ali como se eu tivesse lepra. para quem me queria conquistar, nao se esforçava la muito