Room 301

Fui acordado com uma luz intensa. Remexi-me na cama e coloquei o braço em frente dos olhos, abrindo-os lentamente. Foi quando fui dar com a loira na minha cama e não Dya. Arregalei os olhos e vesti rapidamente os boxers. - Liam.. - ouvi-a dizer. - Volta para a cama. - foi quando ela também reparou em Dya e puxou os lençóis para si mesmo.
- Dya.. isto não é o que tu pensas. - ainda não em sentia bem sã. Passei a mão pela testa e aproximei-me da morena. - Eu não sei como ela foi parar ali.. juro-te.. eu..

- Não digas isso Dya, por favor.. Deixa-me explicar-te.- olhei para a loira que ainda continuava na cama. Se o olhar matasse, ela estava mais que morta. Eu reconheci-a. Era uma das loiras do meu sócio. Só depois é que se fez um clic e aí entendi tudo. - Ah sua puta, tu drogaste-me! - fui directo ao pescoço da loira.

Só me apetecia matar aquela loira de merda. Aposto que aquilo tudo era para me destruir. Mas não iam conseguir isso. Larguei a rapariga e fui ter com Dya. Puxei-a pelo braço e fi-la encarar os meus olhos. - Eu juro-te por tudo o que nunca iria para a cama com outra!

- Eu.. eu não sei.. - Não, eu não queria ouvir aquelas palavras. Eu gostava imenso de Dya, necessitava da sua pessoa na minha vida. - Não ia simplesmente brincar contigo, depois de tudo. Achas que sim? - apontei para a loira. - Eu posso ter ido para a cama com ela, mas não significou nada. Nada de nada.. juro-te que não estava consciente.. acredita em mim!

Odiava ver o estado em que Dya se encontrava. Estive prestes a lhe limpar as lágrimas, mas ela já tinha ido para o pé da loira. Eu afastei-me de tudo aquilo. Eu podia muito bem ter sido drogado, ou então embebedado-me e feito aquilo por livre vontade. Estava a acusar os outros sem provas.

Olhei-a completamente incrédulo. Eu sabia que ela tinha motivos para desconfiar de mim, mas fazer análises? Era preciso tanto? - Oh, então não acreditas na minha palavra? - revirei os olhos. Oh, aquela conversa não ia correr bem. - Precisas de provas! - sorri cinicamente.

Eu não podia mesmo estar a ouvir aquilo. Se eu quisesse comer outra gaja, teria feito isso com todo o prazer e nem me importaria com os seus sentimentos. Fui até à porta do meu camarote e abri-a. - Okay, então já apanhaste tudo, podes ir embora. - olhei-a friamente. Se ela quisesse mesmo provas, tinha a minha palavra como isso. Não queria, que se lixasse tudo.

Na manhã seguinte, fui buscar as análises que entretanto tinha feito. Não que eu precisasse de provas, Dya é que queria. Pois se a minha palavra não valia para nada, problema o dela. Li e revi o que tinha nos resultados. Apesar de já pouca quantidade no meu corpo, provava-se que existia droga. Até poderia pedir, que trouxessem um detector de mentiras e um especialista, se não estivesse num cruzeiro.
Assim que cheguei ao camarote da morena, bati à porta.

Eu estava mesmo chateado com Dya, que nem me dei ao trabalho de lhe responder. Quanto menos falasse com ela, melhor. Voltei a bater à porta, à espera que ela resolvesse abrir. Se assim não fizesse, teria que meter a carta, por baixo da porta.

Mal ela abriu a porta, nem sequer a encarei direito. O meu olhar era completamente, quase sem expressão nenhuma. - Aqui está a prova. - atirei-lhe com o envelope para cima. Virei costas e saí dali.

encerrado.