Room 300

Apetecia-me picá-la um pouco, mas acabei por a beijar e acariciar o seu corpo com as minhas mãos. - Sim, talvez até tenhas razão. - ri-me. - Depois eu agradeço-lhes, não te preocupes, querida. - gozei.

Tentei imaginar como seriam os pais dela e consequentemente, como seria um encontro nosso. Hum.. talvez ela tivesse razão. Nunca antes fora apresentado aos pais de nenhuma rapariga, já que eu só comia e deitava fora. Nunca antes namorara, ou tivera alguma coisa parecida com o que tinha com Dya. - Eeew.. vamos deixar isso para lá. - cocei o couro cabeludo. Nem saberia como iria lidar com os seus pais, se alguma vez os conhece-se.

- Eu não estou nervoso. - ai não? Então porque é que não querias mais pensar naquilo? Bom, talvez até pudesse estar algo nervoso, mas aquilo passava. - Sempre vamos comer pizza, ou preferes ficar aqui e comer outra coisa? - ri-me.

Fiz um ar triste e observei-a a vestir-se. Não queria mesmo sair do quarto. - Sua desmancha prazeres! - num estúpido ato de pura criancice, mostrei-lhe a língua. Levantei-me também e fui-me vestir.

Apreciava imenso aquele seu gesto. Adorava quando ela me tratava. - Está bem.. - fui buscar umas calças femininas, que tinha sempre por precaução e uma camisa minha. - Toma.. não te quero com a mesma roupa. - além do mais, eu adorava vê-la com a minha roupa.

- Eram de uma prima minha.. esqueceu-as comigo, mas também, nunca mais as quis. - na altura, eu era um grande sacana que até primas comi-a. E bom, sempre era prático, ter um par de calças, ou algo do género, para as raparigas, não? - Mas não precisas de ter ciúmes. Ela casou e tem três filhos.

Coloquei as mãos, nos bolsos de trás das calças que lhe dera e apalpei-lhe o rabo. - Yeah.. na altura, ela tinha mais ou menos a nossa idade. - logo era lógico que aquelas calças lhe servissem ou algo do género. Mas, não valia a pena falar mais daquilo. Trinquei-lhe o pescoço. - Ficas ótima com a minha camisa. - sorri maliciosamente.

- Sim, pois, eu sou mesmo um sacana. - ironizei, enquanto revirava os olhos. Ela já devia saber que não me enrolaria com outra, porque é que era difícil de entender isso? Além do mais, que ganharia eu com isso? Nada! Fechei-lhe a porta na cara e afastei-me até ao centro do camarote. Passei as mãos pelos meus cabelos e dei um pontapé na primeira coisa que vi.

A partir de hoje, raparigas? Só numa noite. Não havia cá sentimentos nem o raio. Estava mais do que decidido. Focar-me-ia nos meus negócios, voltaria a ser a mesma pessoa que era e que se fodesse o resto. Assim que voltei ao camarote, atirei-me para cima da cama e puxei o meu tablet para o pé de mim. O velho Liam ia voltar..