Piscina Exterior

Saí do meu camarote com as coisas que necessitava para o meu trabalho, não era muita coisa visto grande parte estar já à minha disposição na zona da piscina. Suspirei e caminhei vagarosamente até lá, era o meu primeiro dia e estava um pouco nervosa apesar de já me sentir preparada. Antes de ter o trabalho tinha andado a tirar um curso próprio para nadadora-salvadora visto que aquilo que eu já sabia não era de todo o suficiente. Ao menos era um trabalho mais interessante do que muitos outros, estava ali ao ar livre e rodeada de pessoas.
Pousei o meu saco dentro de uma pequena cabine que lá havia e tirei a minha t-shirt e os calções ficando apenas com o meu fato de banho vestido. Era sexy, pelo menos assim o achava eu. Ainda era cedo e por isso a piscina não estava ainda muito movimentada, fui sentar-me na minha cadeira e fiquei a observar as pessoas que iam chegando aos poucos e recompondo mais aquele lugar.

Depois de me ter ido vestir para um momento de piscina, saí com a mochila preta às costas que continha o essencial: a toalha, o telemóvel, as chaves e a carteira.
Saí dos corredores, indo até à piscina; vi uma nadadora salvadora sentada e mordi o lábio, apreciando-a. Hmmm... Sexy!
Despi a t-shirt e, enquanto guardava a camisola, ouvi alguém gritar e olhei por cima do ombro; sem pensar, atirei-me para a piscina e mergulhei até à criança que se afogava aos poucos. Nadei com ela até à borda e sentei-a na mesma.
- Calma. - disse-lhe baixo.

Peguei no protetor solar que tinha trazido comigo e passei um pouco por todas as partes visíveis do meu corpo. Agora que ia passar ali bastante tempo convinha tomar cuidado com o sol. Quando voltei de novo a minha atenção para a piscina esta já estava mais composta visto as pessoas agora começarem a chegar em maior quantidade. Arregalei os olhos quando de repente ouvi um grito vindo da água e não hesitei, levantei-me da cadeira e atirei-me para a água. Não fora suficientemente rápida pois um rapaz já estava a tirar uma criança para fora da piscina. - Afasta-te. - pedi-lhe assim que lá cheguei e com cuidado tirei a criança de dentro da água e deitei-a na borda da piscina. - Respira devagar. - pedi à criança que estava meio aflita e levei as mãos ao seu peito fazendo uma ligeira pressão sobre o mesmo.

Revirei os olhos para a nadadora salvadora e olhei-a.
- Tens que começar a ser mais rápida. - resmunguei com ela, sentando-me na borda, à beira da cabeça da criança. - Se ela não souber nadar, não sabe aguentar. - disse, abanando a cabeça e observei-a a fazer pressão no peito pequeno.

Olhei para o lado quando ouvi a voz do rapaz. - Eu sei o que estou a fazer. - disse num meio resmungo, odiava quando tentavam dar-me ordens, voltei de novo a minha atenção para a criança e elevei ligeiramente a sua cabeça quando começou a deitar fora a água que tinha engolido.
- Ele vai ficar bem. - descansei a mãe que começava a andar ali à minha volta toda preocupada, o que era normal. Passei os dedos pelo rosto da criança e continuei a acalmá-la visto ainda se encontrar um pouco agitada. Voltei depois a olhar para o rapaz. - E tu devias ter ficado quieto, é o meu trabalho não o teu. - retorqui.

Observei-a a acalmar a mãe e a criança e quando resmungou comigo, revirei-lhe os olhos.
- Sim, claro. E você a fazer sabe-se lá o quê enquanto havia uma criança aflita. - disse num resmungo.

- Eu estava atenta. - resmunguei ainda a olhar para ele. - Não tenho culpa que tenhas sido um pouquinho mais rápido que eu. - revirei os olhos e continuei depois a dar atenção à criança que começava a voltar ao seu estado normal.
- Está tudo bem. - disse-lhe fazendo-lhe festinhas no rosto. A mãe pôs-se ao meu lado e começou ela a dar-lhe os mimos e a dizer-lhe coisas reconfortantes.

Arqueei o sobrolho.
- Um bocadito? - gozei com ela. - A criança já estava fora de água quando se aproximou. - abanei a cabeça.
Miúdinha irritante!

Bufei para o ar quando ele parecia não querer parar de me chatear. - Eu sei bem o que estou a fazer, podes parar de dar opiniões? - revirei os olhos e ajudei a mãe a levantar a criança.
Sorri-lhe quando ela me agradeceu e revirei os olhos quando ela também agradeceu àquele rapaz que já me começava a irritar.

- Claro que não. Estou num... cruzeiro livre. - encolhi os ombros, estranhando a expressão. Era verdade, eu não estava em país nenhum para dizer que estava num país livre. - Logo, eu posso dar a minha opinião à vontade.
Sorri à mãe preocupada e à criança.
- De nada. - disse-lhe.

Revirei os olhos ao que ele disse. - Então guarda as tuas opiniões para ti ou vai dá-las a outra pessoa já que a mim não me interessam nada. - vociferei apontando-lhe um dedo. Revirei os olhos e depois despedi-me da mulher que continuava a agradecer pela milésima vez. Olhei de novo o rapaz e semicerrei os olhos. - Tenho de ir trabalhar. - disse em tom de resmungo e voltei a ir sentar-me na minha cadeira.

Olhei-a.
- Deve ser o que mais odeio numa rapariga. Irritante. - resmunguei. 
Mergulhei, voltando à tona.
- E acho que vou estar atento, não vá acontecer novamente. - piquei-a.
Ela era mesmo irritante. E eu também sabia sê-lo, obviamente!

- Que pena. - disse ao ouvir o seu comentário acerca de ser irritante. Que fixe, parecia que já erámos os dois, sim, porque ele também era irritante ou então estava a tentar irritar-me com aqueles seus comentários. Recostei-me para trás na cadeira e abanei a cabeça. - Não tens de estar atento e nem te atrevas a voltares-te a meter no meu trabalho.

Ri-me.
- Penas têm as galinhas. És uma galinha? - olhei-a.
Encolhi os ombros despreocupadamente.
- Achas que tenho problemas com isso? Eu meto-me no que quiser.
Revirei os olhos e sorri maldosamente.

- Não. Tu é que deves ser um galo armado em quem manda em tudo e em todos. - resmunguei revirando os olhos. Olhei em volta da piscina para ver se tudo estava em ordem.
Suspirei. - Mete-te na tua vida e deixa a minha em paz. - retorqui exasperada.

revirei os olhos quando ela se exibiu e assim que caiu no meu colo, atirei.a a agua - e isto é uma bomba com um pouco de chapao - gozei, piscando.lhe o olho - para fazer duplo mortal ou assim tinha de ser na interior porque nao sou tao leve como tu - apontei para ela que a meu ver era uma pena, nao pesava nada - tens de contar com gravidade e peso e da prancha ja tenho mais altura e tempo para fazer manobras. - expliquei - ah e nunca fiz nataçao com professor nem nada, so tinha a supervisao da minha mãe ou da nadadora salvadora para nao me afogar enquanto nao sabia nadar ou entao para nao me raptarem

- Não sou galo armado nenhum. Mas gosto de mandar. - encolhi os ombros despreocupadamente e fiz um sorriso cínico.
Revirei os olhos e ri-me.
- Eu meto-me onde quiser... - se é que me entendes.
Olhei para ela.

Olhei-o e fiz um sorriso igualmente cínico. - Manda no que quiseres menos naquilo que eu faço. - retorqui, odiava pessoas que tinham a mania que mandavam em mim. Abanei a cabeça e deixei escapar um leve e baixo suspiro. - Mete-te noutro sítio então. - disse simplesmente e revirei os olhos.

- Eu mando no que quiser, como disse, e eu quero mandar no que tu fazes. - pisquei-a com um sorriso maldoso.
Olhei para a água e sorri quando a ouvi suspirar, como se estivesse farta de me ouvir.
Ri-me.
- Mas apetece-me meter-me aqui. Não posso é? - gozei.

A sério? A sério que ele estava a dizer aquilo? Só podia estar a fazer de propósito para me irritar mais do que eu já estava. - Não tens nada que mandar no que eu faço. - resmunguei e fitei a água em especial as pessoas que se encontravam na mesma.
- Não, não podes. - disse sem olhar para ele.

Passei a mão pelo meu ombro esquerdo.
- Eu faço o que quiser. Sou livre. - arqueei o sobrolho.
Ri-me.
- Ups, parece que é aqui que eu vou ficar. - encolhi os ombros e mergulhei, atravessando a piscina.

-Ui, já a rejeitar-me? - gargalhei um pouco alto. - Eu consigo fazer até ao triplo mortal, e...já é muito...- fitei-o com atenção e depois um sorriso gozão desenhou-se nos meus lábios. - Por isso é que fazes tudo mal e eu perfeitamente bem, agora sim..encontrei a minha explicação. - dei de ombros um poucos e mudei a minha expressão para uma um pouco mais convencida. - Sim..o teu peso..eu nem sei como o cruzeiro não vai ao fundo, alias se eu já não dormia bem agora credo, ao saber disso não vou mesmo dormir...mas se pensares até é uma coisa bastante exclusiva, visto seres a razão das minhas futuras insónias. - saí da água e bebi um pouco da minha garrafa de água virando-me de costas para ele, mal saciei esta minha necessidade voltei a colocá-la dentro da minha mala e afastei-me progressivamente da mesma, aproximando-me da piscina. Sentei-me na berma da mesma colocando os meus pés novamente dentro d'água. Damn it, adorava esta sensação; acabei por fitar o oceano e o pôr do sol que já dava sinais de sua existência, não acredito que passamos aqui quase o dia( aka tarde) toda.

- Eu também sou livre de fazer o que quiser e de dizer quem quero que me chateie ou não. - retorqui como resposta ao que ele disse.
Revirei os olhos e vi-o mergulhar, segui-o com o olhar enquanto ele atravessava a piscina de um lado ao outro. Afoga-te, pensei para mim, sim eu era mesmo mázinha quando queria.

- Boa sorte para me tirares daqui enquanto eu quiser aqui ficar. - encolhi os ombros.
Vim à superfície e levei uma mão ao cabelo, desalinhando-o; olhei para o oceano e sorri levemente ao ver a terra afastar-se. Tinha que ir ter com Lia e pregar-lhe um susto de morte.
Virei costas à beleza daquela água brilhante e olhei a nadadora salvadora irritante, voltando a mergulhar depois.