Bowling Dinner

Como hoje era o meu dia de folga e eu já tinha feito tudo o que pretendia, decidi ir ao Bowling Dinner. Aquilo estava meio vazio por parte de funcionários. Já lá tinha trabalhado, durante uns meros dias, quando um deles ficou de baixa e eu me ofereci. Olhei as pessoas meio impacientes e suspirei. Que se lixe, pensei. Fui directo à sala de STAFF e vesti o uniforme deles. Depois de pronto, fui ajudar uma rapariga que se aproximou de mim mal me viu. Ela estava meio... Despida, por assim dizer. Camisola bastante decotada, calções mais pequenos que sei lá o quê. Não abanei a cabeça para não parecer mal, mas fi-lo no meu subconsciente, de forma bastante desaprovadora. Apesar de parecer uma galdéria, não deixei de lhe sorrir sempre e ser bastante simpático com ela. Mas credo, ela está-se a fazer a mim à força toda.

A noite estava abafada e ficar dentro do camarote nao era uma escolha, vesti uma roupa simples e fui até ao salao de bowling, diversao e comida num so sitio. pedi uns sapatos tamanho 37 e um smoothie e fui ate a pista. As filas eram enormes e pelos vistos era porque os empregados estavam a seduzir clientes em vez de atende.los - se ainda nao percebeu, a fila ali atras e bastante comprida. devia deixar as relaçoes para fora do trabalho - revirei os olhos ao empregado e fiz uma jogada, fazendo um strike

Assim que estava a acabar de ajudar aquela rapariga, ouvi outra, relativamente perto de mim, a refilar. Franzi o sobrolho com o seu comentário e contive uma gargalhada ao máximo. Despedi-me da rapariga, e virei-me para a tal que tinha feito o comentário estranhamente cómico. Aproximei-me dela, sorrindo educadamente- Boa noite, minha senhora. Estava apenas a atender outra cliente, não se trata de nenhuma relação ou coisa do género, como referiu - Afirmei educadamente, com um doce sorriso - Em que posso ajudá-la?

- felizmente eu nao preciso de ajuda, daqui a nada quem precisa de uma maozinha extra e o senhor - cruzei os braços ao peito, apontando com um dedo para o seu membro - aquilo nao era ajudar, so se fosse ajuda.lo a ganhar uma ereçao - revirei os olhos e peguei novamente na minha bola, atirando.a novamente aos pins

revirei os olhos ao seu comentario de ser avantajado - nao e nada convencido, por amor de deus. - olhei para os pins, vendo que tinha deixado os das pontas. estava fudida naquela jogada, nunca a conseguia fazer - estava quase, pois foi - ironizei, pegando na bola outra vez

- Pois não, minha senhora. Sou apenas realista, nada mais - Ripostei, sempre com um sorriso nos lábios. Observei a sua expressão por meros segundos, parecia estar bastante chateada com o facto de não ter conseguido derrubar todos os pins. Mordi novamente o lábio e olhei-os atentamente, olhando novamente para ela - Precisa de ajuda ou que alguma dica para esta próxima jogada? - Questionei sem desviar o meu olhar do seu

- deixa estar que eu sei jogar, a tua cliente é que parece precisar de ajuda outra vez ou entao e muito burra que nem pegar na bola sabe - revirei os olhos, fazendo a jogada mas derrubando apenas um dos pins. refilei para mim, indo marcar a pontuaçao, ignorando a sua presença

- Não queria de algum modo dizer que não sabe jogar, muito pelo contrário. A senhora sabe jogar muito bem. E deixe estar a rapariga, ela se precisar de ajuda ela chama um dos empregados. É a primeira vez que joga - Afirmei, encolhendo os ombros. Ri baixinho quando virou costas e estava suficientemente afastada para não me ouvir. Quando regressou, cruzei os braços e olhei os pins - Até os profissionais precisam de uma dica às vezes. Eu podia tê-la ajudado.. - Murmurei, olhando-a pelo canto do olho

- deixe estar, eu dispenso bem a sua ajuda. alias, se precisar esta ali um dos empregados. um que nao se faça as raparigas e se roce todo - revirei os olhos, bebendo um pouco do meu smoothie - nao se preocupe porque eu safo.me, nao preciso ca de dicas suas.

Franzi o sobrolho e fiz uma careta quando ela disse aquilo. Suspirei e revirei os olhos tal como ela - Eu estava simplesmente a fazer o meu trabalho, estava a ajudá-la, nada mais. Não me estava a roçar nela, até que estava morto por sair dali. E eu estou apenas a ser simpático consigo como sou com toda a gente, não é preciso estar a falar-me assim, minha senhora - Falei sincero, olhando-a nos olhos. A gaja estava-se a fazer a mim, e eu é que me estava a roçar nela? Oh, please.

- senhora esta no ceu e nao sou sua - revirei os olhos. muito paleio tinha ele, devia fazer isso com todas mas comigo nao iria ter sorte - se esta a tentar ser educado e galã comigo porque pensa que vou nas suas falinhas mansas pode ir ter com a sua outra cliente porque eu nao tou interessada. - sorri ironicamente, virando costas para ele e apanhando o meu smoothie

- É assim que eu trato toda a gente, foi assim que a minha mãe me educou. Eu não sou galã nenhum e não estou aqui para o engate. Se pensa que eu sou desses que anda enrolado com toda a rapariga que encontra, engana-se. Estou aqui para a ajudar, não para a engatar. Isso é o que aqueles - Apontei para um dos empregados discretamente - fazem. Se quiser que eu me vá embora, tudo bem. Mas não diga que estou com falinhas mansas e a tentar engatar alguém porque isso, moça, eu não estou - Falei num tom bastante sério, revirando depois os olhos. Tu não te ficas e eu também não. Muito menos quando me confundem com gajos que só sabem engatar e usar as raparigas como brinquedos!

- ve la se a moça nao te despede - disse seriamente - pensas que me conheces de algum lado para me tratares por moça ? - olhei.o de cima a baixo - cuida.te, tanto uns como os outros, fazem.se as gajas ou achas que eu nao vi como estava ali com a rapariguinha. é que posso ser rapariga mas sei quando um gajo ta demasiado em cima de uma rapariga e aquilo nao era ajudar no bowling, mas eu nao tenho nada a ver com isso. voce faz o que quer com as suas clientes. - peguei na bola, atirando.a e derrubando apenas metade dos pins

Cerrei os punhos com força e revirei os olhos - Você decida-se que eu já não sei como a devo tratar. Há pouco a senhora estava no céu, agora já não pode ser moça também - Respirei fundo e tentei controlar-me - Eu estava simplesmente a ajudar a rapariga. Entenda como quiser, mas não me ponha na mesma categoria que os outros estupores, porque eu não sou nada disso. Sou bastante educado e respeitador, e você está-me a tirar do sério. Se não precisa da minha ajuda, eu vou embora - Disse igualmente sério, dando um passo atrás e indo até ao balcão ali perto. Irra que esta tem cá um feitio que enerva até os santos!

apertei a bola na minha mao, atirando.a literalmente para o meio da pista, nao querendo saber se as pessoas viam ou nao. aquele empregado pensava que era quem para falar assim comigo - voce nao me vira costas, ouviu ? - falei alto - eu meto.o na categoria que eu bem me apetecer e voce ta na mesma que os outros estupores porque voce e igual a eles - resmunguei -  agora quero a conta da porcaria do smoothie e as minhas botas de volta - mandei, pondo o cartao em cima do balcao

Respirei fundo e nem sequer a olhei. Mas porque raio eu tinha de vir para aqui hoje? Este nem seuqer é o meu trabalho! - Como queira. É para já - Afirmei olhando-a de relanço, indo ao outro lado do balcão, pegando no cartão dela depois de fazer a conta, passando-o no pequeno dispositivo. Enquanto ela marcava o código fui buscar as botas e depois voltei, entregando-lhas, assim como o cartão e o talão - Aqui tem - Apenas disse, olhando-a sério.

tirei as botas da sua mao e descalcei aqueles sapatos, calçando.as - obrigada - mantive.me seria tambem, pegando no meu cartao e guardando.o. bebi o resto do meu smoothie sentada num sofá mesmo em frente a ele, dando.lhe o copo vazio.

- Obrigado eu - Afirmei quando agradeceu, mantendo a minha postura exactamente igual. Limitei-me a olhar em frente, no vazio, tentando pensar noutra coisa para não ficar basicamente de trombas para o resto do dia. Fui interrompido por ela quando veio devolver o copo - Vai desejar mais alguma coisa?

olhei.o de novo, desta vez mais atentamente. ele era bastante atraente e corpulento. mordi o labio e pensei duas vezes no que ia dizer - nao, a nao ser.. e melhor nao - virei costas, chicoteando.o com o cabelo e sai dali. manda.lo para o meu camarote, na minha cama apenas com um laço ao pescoço era ma ideia

Sorri ligeiramente ao vê-la morder o lábio. No que será que ela está a pensar? Até tenho medo de tentar adivinhar. Permaneci calado, ficando confuso e baralhado quando a ouvi - a não ser...? - questionei curioso, encostando-me ao balcao enquanto a olhava com um pequeno sorriso. A rapariga é bastante bonita e encantadora, lá isso é verdade

sorri perante a sua curiosidade e encostei os meus labios grossos um ao outro - quem sabe, quem sabe - virei costas, chicoteando.o com o cabelo e acabei por sair daquele pequeno espaço que estava a ficar demasiado frequentado. antes de ir para o meu camarote, passei pelo de Aqua para ver como ela estava

Arregalei ligeiramente os olhos perante as palavras que disse. Quem sabe? Mas quem sabe o quê? Sinceramente não entendo esta mulher... Desviei-me ligeiramente para não levar com o seu cabelo na cara e suspirei ao vê-la sair. Bem, acho que também vou embora, o meu lugar não é aqui. Fui até à salinha dos empregados para trocar para a minha roupa e assim que terminei, saí dali. Não sei se ainda vou dar uma volta ou se vou já para o camarote.

encerrado.

Thea tinha desaparecido durante a noite, nao sabia dela e ainda nao tinha dado sinais de vida. Fui até ao bowling dinner para tomar o pequeno almoço e talvez jogar um joguinho para passar a manha. fui vestida de uma maneira simples e beachy. pedi um smoothie e uma tosta, sentando.me numa mesa enquanto esperava pelo pedido